Londres - Inglaterra

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Nosso voo de Brasília (DF) seguiu para o aeroporto Charles de Gaulle, em Paris. Do próprio aeroporto, pegamos um trem RER (8,50 euros) até a estação Gare du Nord, de onde parte o incrível trem Eurostar, passando pelo eurotúnel – a maior passagem submarina do mundo –, para Londres, na Inglaterra. A viagem dura somente duas horas. Nem percebemos o caminho embaixo d’água.

A passagem (68 euros para cada um) já estava comprada. Tínhamos um intervalo de duas horas entre a chegada e a saída de Paris. Deu tudo certo. Às 21h30 (dia 08 de outubro), desembarcamos na estação de St. Pancras, na capital londrina.

Uma ótima dica é comprar o Eurail Pass. Há vários pacotes de viagens. Nós optamos por um que dá direito a 15 dias de viagens, em dias consecutivos (876 euros para duas pessoas), para qualquer lugar coberto pela rede, que cobre 21 países. No site (raileurope.com.br) estão todas as informações. Os passes são entregues, via Correios, em sua residência. Em alguns casos, pode-se usar o passe também entre as estações ferroviárias e os aeroportos das cidades.

Londres é linda, dinâmica e muito desenvolvida. Lar de todos: indianos, árabes, latinos, americanos, europeus, enfim, gente de toda parte. O único problema foi a chuva. Nessa época, o tempo é bem instável. Além da capital, visitamos as cidades de Bath, Windsor e Oxford, situadas nos arredores. Para chegar, utilizamos nosso British Pass.

O transporte na cidade é excelente e é fácil locomover-se. Com um mapa do metrô na mão, você vai a qualquer lugar. A cidade divide-se em seis zonas. Na 1, é onde estão a maioria dos hotéis, museus e atrações. Você, também, pode andar nos famosos ônibus vermelhos de dois andares. Já os táxis (modelo Austin FX4, geralmente pretos, mas há alguns coloridos também) são para poucos. Os motoristas são considerados os melhores do mundo, o que deve justificar as tarifas cobradas. E temos que admitir que os carros são bem estilosos.

Os carros têm bancos de frente e de costas, e a parte do passageiro é dividida da do condutor. Geralmente, as praças de táxis situam-se nos pontos turísticos mais famosos, em algumas entradas de importantes estações de metrô e nos aeroportos.

Uma passagem avulsa de metrô custa £4 (4 libras); de ônibus, £2. O ideal é adquirir o Oyster, cartão-magnético (custa £3) que substitui o tíquete e pode ser recarregado por £ 6. Vale a pena, principalmente para quem permanecer mais tempo na cidade. É aceito em todos os meios de transporte. Adquira-o no guichê de qualquer estação de metrô. Lembrete: não pode-se pagar a passagem diretamente ao motorista. Tem que estar com o tíquete avulso ou com o cartão Oyster.

Mapas da cidade são obtidos gratuitamente nos centros de informações ou nos hotéis em que você se hospedar. Nós reservamos nossa estadia no Brasil: ficamos no European Hotel (11-15 Argyle Square, Camden), bem próximo a duas estações de metrô, que estão interligadas: King’s Cross e St. Pancras. O ideal é ficar sempre junto às estações, o que ajuda muito na sua locomoção. Pagamos pela diária £70 (libras esterlinas). É caro, mas é o jeito. O prédio é típico em toda a Inglaterra: de tijolinhos, com várias janelas e apartamentos até no subsolo. Uma boa dica é o St. Pancras International Hostel (79-81 Euston Rd – stpancras@yha.org.uk), bem próximo ao hotel em que ficamos. Ambos incluem o café da manhã bem básico: café, chá, suco, pão e manteiga. Só não ficamos neste porque já estava lotado.

É importante fazer a reserva com antecedência. Não é fácil encontrar hotéis baratos e vagos. O que pagamos é caro para nós, mas uma pechincha para eles. O quarto era pequeno e feinho. Mas a localização conta muito nessa hora e foi o que pesou em nossa decisão.

Não faltam pontos interessantes para visitar: monumentos, teatros, museus (a maioria tem entrada gratuita), cafés e restaurantes. Os que oferecem comida chinesa e indiana são inúmeros. Mas para economizar, compre comida pronta nos mini-mercados. Gostamos muito do Tesco Express, que oferece grande variedade de sanduíches, pratos com vários tipos de carne, arroz e salada ou macarrão e salada, entre £2 e £4. Um deles está bem próximo ao Big Ben, um dos principais pontos turísticos. Típico é o Fish & Chips (peixe e fritas), a partir de £4, para comer no local ou levar: é o famoso take away.

Iniciamos nosso passeio pelo Imperial War Museum (próximo ao metrô Lambeth North). Museu da Guerra, com exibições de material bélico (tanques e aviões de combate), ambientes que recriam os bombardeios da 1ª Guerra Mundial. A respeito da Segunda Guerra, mostra uma reconstituição da ascensão nazista, deportação de judeus e holocausto, apresentando inclusive filmes sobre crimes cometidos contra a humanidade em todo o mundo. Muito bom! Aberto das 10h às 18h. Entrada gratuita.

Depois, fomos até o Madame Tussaud’s (Marylebone Road), próximo ao metrô Baker Street. É o museu de cera mais conhecido do mundo, com réplicas de pessoas famosas. Não entramos. Apenas fotogramos por fora. Entrada a £22,50, sendo mais barato a partir das 17h, quando custa £12,40. A promoção não é muito válida, pois o museu abre das 9h30 às 17h30, nos dias de semana, e das 9h às 18h, nos sábados.

Um museu imperdível é o British Museum (Great Russel), próximo ao metrô Tottenham Court Road. Foi fundado em 1753 e possui coleções de objetos da Grécia, Egito, Roma e Oriente Médio. Aberto diariamente, das 9h às 17h30. Entrada gratuita.

Uma boa caminhada deve ser feita à beira do Rio Thames (Tâmisa). Pode-se percorrer entre a ponte de Waterloo e a ponte de Westminster, onde o Big Ben é a maior referência. Houses of Parliament (Casas do Parlamento), com sua famosa torre do relógio (Big Ben), são o símbolo de Londres. No verão, o local é aberto à visitação guiada (ingresso deve ser comprado com antecedência), no Tickets Office, que fica em frente ao prédio. Do lado oposto, está o The London Eye, a gigantesca roda gigante.

Passando a ponte Westminster, está a Westminster Abbey (Abadia de Westminster). Fica praticamente junto ao Parlamento (metrô Westminster). Foi erguida no século VIII e expandida no século XI, sendo o local de coroação dos monarcas britânicos. Ali ocorreu o funeral da princesa Diana. Aberto de segunda a sexta, das 9h30 às 15h45; e nas quartas, até às 19h; e aos sábados, até às 13h45. Entrada a £10/7 (estudante).

Seguindo da Westminster ou do Parlamento, pode-se chegar a pé ou, quem preferir, desça no metrô St. James Park ou Green Park, ao Buckingham Palace – residência oficial da família real. Em frente ao palácio (gratuito), ocorre a pomposa troca da guarda. No verão, todos os dias; no inverno, em dias alternados, sempre às 11h30. O palácio abre para visitação apenas em agosto e setembro, quando a rainha Elizabeth parte para a Escócia.

Vindo pela Parliament Street, no Whitehall, está o Nº 10 Downign St, residência do primeiro-ministro, onde já moraram Margareth Tatcher e Tony Blair. Não dá para ver quase nada, além dos seus portões guardados.

St. James Park, um dos mais bem cuidados parques, com lago artificial, cisnes, gansos e jardins bem ornamentados, está bem à frente do Palácio Buckingham. Anexo, está outro parque, o Green Park, em Piccadilly.

Impressionante mesmo é a London Bridge, primeira ponte sobre o rio Tâmisa, situada na região mais antiga da cidade e que marca o nascimento de Londres: City. A ponte foi construída em 1894, sustentada por duas torres tipicamente vitorianas, que impressionam pela grandiosidade. Nessa mesma área, está a Tower of London, um castelo idealizado por William I (Guilherme), em 1078. É o mais antigo da Inglaterra. Já foi fortaleza, palácio e presídio, sendo hoje apenas ponto turístico com exposição de armas, armaduras e jóias. Uma atração à parte é o Koh-i-noor – o diamante mais famoso da coroa da rainha-mãe. Funciona de terça a sábado, das 9h às 18h; e aos domingos e segundas, das 10h às 18h. É fechado entre os meses de novembro e fevereiro. Entrada a £16,50/14 (estudante).

Junto à London Bridge, há um quiosque que vende tíquetes para passeios de barco. Ou, para sua viagem ser mais proveitosa, parta do South Bank Centre, complexo cultural que abriga o Royal National Theatre, The National Film Theatre, Royal Festival Hall e Hayward Gallery. Ali também se pode pegar os City Cruises, que partem de 35 em 35 minutos. Os preços diferem, conforme a distância percorrida e se a viagem é só de ida ou de ida e volta, já que você pode descer em uma das paradas do barco. O ponto final é o Greenwich, 10 km a sudeste de Londres. Pode-se também chegar de trem Docklands Light Railway, saindo da estação de Tower Hill. Chegando pela beira do rio, atravesse o túnel para a outra margem e suga em direção ao moro onde está o Observatório Real, fundando em 1675 por Charles II. Ali se localiza o meridiano que determina as horas do planeta. Só à noite é possível ver um raio verde de laser cruzar o céu da capital londrina. A linha parte do Observatório Real e segue até onde sua visão permita-lhe visualizar. Fica aberto das 10h às 17h; até às 18h, nos meses de julho e agosto. A entrada é gratuita, assim como no Cutty Sark, um dos últimos navios a trazer seda e chá do Oriente, construído em 1869, e no National Maritime Museum, um dos maiores museus de história naval.

A Leste do Tâmisa, estão o Museum of London e a St. Paul’s Cathedral (metrô St. Paul’s). O museu conta a história de Londres, do tempo dos romanos, passando pelo grande incêndio em 1666 que quase destruiu a cidade, até os anos 2000. Chama a atenção o contraste entre a antiga muralha romana, ao lado do museu, e a arquitetura moderna dos prédios espalhados do Barbican Centre e arredores. Abre de segunda a sábado, das 10h às 17h50; e aos domingos, das 12h às 17h50. A entrada é gratuita. A Catedral é uma das mais famosas da Inglaterra e sua cúpula é a segunda maior do mundo, atrás somente da Basílica de São Pedro, no Vaticano. Em estilo barroco e finalizada em 1710, foi cenário de acontecimentos como o funeral de Winston Churchill e o casamento do Príncipe Charles e Diana. Das suas galerias obtém-se um bom panorama da cidade de Londres. Aberta de segunda a sábado, das 8h30 às 16h (para visita turística). Entrada a £10/8,50 (estudante).

A National Gallery (Galeria Nacional), na Trafalgar Square, praça mais popular de Londres (metrô Charing Gross), é imperdível. É uma das grandes galerias de arte do mundo, com obras dos séculos XIII ao XX, dos principais mestres da pintura de diversos países. São 5 níveis, separados por séculos, e vários setores. É imperdível. Reserve um bom tempo para percorrer suas salas. Aberto diariamente, das 10h às 18h (nas quartas, até às 21h). Entrada gratuita.

Projetada por John Nash, esta praça foi construída entre 1829 e 1841, em homenagem à vitória de Horacio Nelson na Batalha de Trafalgar, uma vitória da Marinha Real Britânica nas Guerras Napoleônicas. Não é por acaso que o que mais se destaca nessa famosa praça é a grande Coluna de Nelson e os quatro leões gigantes que repousam em sua base. Outros monumentos que completam o encanto da Trafalgar Square são a estátua eqüestre de Charles I e as fontes, construídas em 1939.

Durante a época do Natal, a praça exibe todos os anos a maior árvore de Natal de Londres (um presente de Oslo, capital da Noruega, em sinal de agradecimento pelo apoio que receberam dos ingleses durante a Segunda Guerra Mundial).

Bem próximo à Trafalgar Square, está a Piccadilly Circus, famosa praça de Londres, com um chafariz, um grande painel de neon com progaganda e muito movimento. Londres é ótima para caminhar. Basta você escolher um ponto de partida.

Entre as ruas que se cruzam nesta praça está a Piccadilly, que liga-se ao Hyde Park, o parque mais conhecido da cidade. A oeste, do outro lado do lago Serpentine, está a área do Kensigton Gardens, com a mansão que era a residência do então casal Charles/Diana. Ao sul, encontra-se o Royal Albert Hall, com concertos de música clássica (metrô High Street Kensington ou Knightsbridge).

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