Talim ou Tallinn - Estônia

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Chegamos à noite (vindo de Dublin), dia 16 de outubro, e fomos direto para o hotel. Fizemos o tour no dia seguinte.

Capital da Estônia e com 400 mil habitantes, o turismo em Talim vem crescendo recentemente.

Está localizada no Golfo da Finlândia, na costa norte do país junto ao Mar Báltico, a apenas 80 km de Helsinque, capital da Finlândia.

A unidade monetária (em 2009, agora é euro) é a coroa (kroon). O valor da coroa estoniana (EEK) é aproximadamente 1 EUR = 15.65 EEK.

Sua maior atração é a Cidade Medieval ou Cidade Velha (parte histórica), com suas pequenas ruas e passagens sinuosas, repletas de lojinhas, igrejas, museus e residências, muito bem conservadas. A área está dividida em Cidade Alta e Cidade Baixa. Na entrada, um portal cercado de duas pequenas torres.

É, sem dúvida, um lugar para ser percorrido a pé, com calma, descobrindo aos poucos cada esquina.

Por ter ficado durante tantas décadas sob o domínio soviético, a influência da arquitetura russa é forte na cidade. Um censo recente revelou que a população local é composta por 53% de estonianos e 36% de russos, sendo o restante formado por outras etnias, principalmente de países da antiga União Soviética.

Além do estoniano, ouve-se russo, ucraniano, finlandês e inglês. Com este último idioma, tivemos mais dificuldade. Pouquíssimas pessoas falam.

No Hotel G9 (Gonsiori 9 – rain@hotelg9.ee), onde nos hospedamos, tivemos dificuldade com a comunicação. Os quartos são limpos e com banheiro privativo, e a localização, próxima ao centro histórico, é excelente. A diária para casal, sem café da manhã, custa 391 EEK ou 25 euros – a mais barata da viagem. Na cidade medieval, há vários hotéis, só que mais caros.

O aeroporto está cerca de 4 km da praça central da cidade (Raekoja plats). Para chegar ao hotel, pegamos o ônibus número 2, em frente ao aeroporto. A parada na qual devemos descer é a “A.Laikmaa”. Cada parada é indicada com letras amarelas, em um painel central no ônibus; basta ficar atento. Após uns 15 minutos de percurso, o veículo para exatamente em frente ao Tallink City Hotel, na Gonsiori Street. Para chegar ao nosso hotel, saindo do ônibus, seguimos à direita e caminhamos até a esquina, virando à esquerda. Em poucos passos, já chegamos ao Hotel G9.



Tente conseguir um mapa da cidade, gratuitamente, em hotéis ou em centros de informações. No aeroporto, os mapas são pagos.

A primeira edificação em Tallinn foi um Castelo Teutônico, erigido no século XIII. Desenvolveu-se posteriormente uma cidade portuária da Liga Hanseática (uma aliança de cidades mercantis que estabeleceu e manteve um monopólio comercial sobre quase todo norte da Europa e Báltico, em fins da Idade Média e começo da Idade Moderna), cuja riqueza se manifesta na opulência da sua arquitetura civil, preservada até hoje.

Um pouco acima do castelo, no monte de Toompea (monte de pedra calcária na parte central da cidade), situa-se a Aleksander Nevski Katedraal, a maior catedral ortodoxa russa da cidade. Suas cúpulas coloridas podem ser avistadas de longe. Construída entre 1894 e 1900, foi dedicada a Alexander Nevsky que comandou, em 1242, a Batalha do Gelo entre os cavaleiros teutônicos e os habitantes da República de Novgorod (antigo estado russo da Idade Média que se estendeu do Mar Báltico até os Montes Urais entre os séculos XII a XV), no Lago Peipus, na divisa entre a Estônia e Rússia no norte da Europa. A catedral foi restaurada em 1991, quando Talim tornou-se ex-república soviética.

Descendo suas ruelas, passamos por uma passagem ao lado do imponente Stenbock House, sede do governo estoniano, construído sobre uma muralha.

Todas as ruas da cidade medieval conduzem à Praça da Prefeitura. Construída entre 1402 e 1404, sua torre é o principal marco da cidade, além de ser considerado como o mais bem preservado prédio medieval da Europa Setentrional. Destruído e reconstruído muitas vezes, ainda guarda a mesma aparência externa que ostentava durante o século XV. Parte do prédio está aberto à visitação pública, com destaque para o segundo andar, onde encontram-se o Salão Principal, a Sala do Conselho Municipal, uma pequena cozinha e a Chancelaria, local destinado às recepções importantes. Todavia, a praça da prefeitura não é importante somente devido à prefeitura em si. Todo o conjunto da praça, na verdade um largo pavimentado, é cercado de prédios históricos bastante preservados que representam o coração histórico e turístico de Talim. Restaurantes com mesas na rua, cafés e lojinhas de souvenirs completam o cenário.

A Passagem de Santa Catarina, entre as ruas Vene e Müürivahe, a menos de 500 m da Praça da Prefeitura, é um dos pontos mais fotografados, graças à atmosfera medieval. Junto à mesma é possível ver o que sobrou da antiga Igreja de Santa Catarina.

Merece destaque a Igreja de Santo Olavo. Erguida em 1267, teria recebido este nome graças ao rei norueguês Olav II Haraldsson, que foi canonizado como Santo Olavo, tido como protetor dos navegantes. Com uma torre de 159 m de altura, era no século XVI a construção mais alta da cidade, o que lhe conferia status não somente religioso, mas também de importante marco de orientação para as embarcações que se aproximavam do porto de Talim. Ao mesmo tempo, sua altura também representava um risco, pois foi atingida por raios oito vezes e pegou foto outras três. Conta-se que, no maior dos incêndios, as chamas puderam ser vistas do outro lado do golfo, onde fica Helsinque.

Outras igrejas medievais são: Igreja de São Nicolau, construção do século XIII que abriga em seu interior algumas das obras de arte mais valiosas do país; e a Igreja do Espírito Santo, consagrada no século XIV. A religião predominante na Estônia é a luterana, praticada por um terço da população, seguida pela religião russa ortodoxa. Somente 3% da população é católica.

No trecho conhecido com Cidade Alta, uma fortificação murada intercalada por diversas torres faz o contorno da Talim medieval. Algumas destas torres se tornaram praticamente símbolos da cidade, e por isso são considerados ícones turísticos, embora nem todas estejam abertas à visitação. Uma das torres mais conhecidas é a Torre do Canhão, construção do século XVI com diâmetro na base de 17 metros. A pouca distância estão também as torres Nunna, Sauna, Kuldjala e Neitsitorn, sendo que esta última é conhecida especialmente por ter aprisionado, durante a Idade Média, mulheres acusadas de prostituição. Como as torres são construções de épocas diferentes, cada uma tem um estilo arquitetônico próprio, dando ao conjunto um aspecto magnífico. Um dos passeios preferidos dos turistas é justamente percorrer a muralha que une estas torres, de onde se tem a melhor vista da Cidade Baixa.

Talim tem também vários museus: Ajaloomuuseum (Museu de História); Loodusmuuseum (Museu de História Natural); Dominiiklaste Kloostri Muuseum (Museu do Monastério Dominicano); Kunstimuuseum (Museu de Arte); Meremuuseum (Museu Marítimo); entre outros.

Visitamos o Tallinna Linnamuuseum (Museu da Cidade). Várias fotos e objetos contam toda a história de Talim, até a independência em 1991 da União Soviética. Os painéis, que retratam a dominação soviética, são dispostos em ordem cronológica e bastante didáticos. Vale a pena a conferir. Na entrada, uma maquete da cidade. Entrada a 10 EEK ou 0,64 euros.

Não faltam bons restaurantes na parte histórica, perfeitos para os casais. Românticos e bem decorados. Nós almoçamos (uma pasta e uma pizza) por 140 EEK ou 9,33 euros. Cada prato custou 70 EEK. Não lembramos o nome do local, mas fica na rua Pikk Jalg 16, perto do Centro de Informações Turísticas.

Quase fora da Cidade Velha, está o Estonia Teater (Teatro da Estônia). O prédio clássico, com colunas em estilo romano, não impressiona muito, tendo em vista todos os monumentos já vistos.



Algumas palavras em estoniano podem ajudar, principalmente, nos pontos de visitação: avatud (aberto); suletud (fechado). Outras seriam: kaart (mapa); plats (praça); apteek (farmácia); kirik (igreja); turismiinfo (informação turística); joogid (bebidas); külmad (frias); Kunmad (quentes); salatid (salada); mleko (leite); miód (mel).

No dia 17 de outubro, às 18h, pegamos um navio (ferry) da empresa Viking Line para Helsinque. A viagem durou 2 horas.

Tente comprar o tíquete com antecedência. Nós pegamos um táxi do hotel até o porto (42 EEK ou 2,70 euros) e, como chegamos em cima da hora, quase não nos deixaram embarcar. O primeiro ferry sai às 7h30; o último, às 21h. Há diversos durante o dia, porém, os horários mudam conforme o dia da semana, assim como os preços dos tíquetes. Pela Viking Line, os valores variam de 280 a 565 EEK, isto é, de 18 a 36 euros; e de 12 a 17 euros para estudantes.

Outras empresas que também realizam viagens com ferries são: Silja Line, Eckerö Line; Linda Line Express; e Tallink. De Talim, pode-se ir para Helsinque (Finlândia); Åland (Finlândia); Estocolmo (Suécia); São Petersburgo (Rússia); e Rostock (Alemanha).

A distância entre Talim e São Petersburgo (Rússia) é pequena. De ônibus, a viagem dura de 6 a 7 horas (há vários horários). Todavia, para entrar na Rússia, é preciso ter um visto prévio de turista, tirado no seu país de origem.

A cidade é bem fria no mês de outubro e o vento e a chuva constante tornam a sensação térmica ainda pior. Então, o ideal é visitá-la no verão ou na primavera. No entanto, nada impede admirarmos sua intensa beleza.

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