Dublin - Irlanda

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Dublin é cortada ao meio pelo rio Liffey. A leste, estão o mar e o porto. Ao sul do rio, encontram-se os bairros mais atrativos. Um ótimo ponto de referência na cidade é uma de suas pontes, O’Connell Bridge, que atravessa a O’Connell Street, que une os lados sul e norte.

Nesta rua, fica a sede do General Post Office (Correios), o mais político dos monumentos da cidade. É que foi na escadaria deste prédio que Patrick Pearse, na Páscoa de 1916, leu a proclamação da independência da República da Irlanda.

A Revolta da Páscoa foi uma tentativa por parte de militantes republicanos irlandeses para ganhar a independência em relação ao Reino Unido.

Organizada pela Irmandade Republicana Irlandesa, a revolta decorreu entre a segunda-feira de Páscoa, 24 de abril, a 30 de abril de 1916. Membros dos Voluntários Irlandeses, liderados pelo professor e advogado Patrick Pearse, juntaram-se ao Exército Civil Irlandês de James Connolly e a 200 membros da Cumann na mBan (Liga das Mulheres), que ficaram em locais-chave de Dublin e proclamaram uma República da Irlanda independente da Grã-Bretanha.

Para localizar a O’Connell Street basta olhar para o alto e procurar o Spire of Dublin – um monumento alto, em forma de agulha, com 120 m de altura. Tem como nome oficial "monumento da luz" (em língua irlandesa: An Túr Solais). Encontra-se no mesmo local onde existiu um monumento dedicado a Lord Nelson, conhecido como Nelson's Pillar, ou o Pilar de Nelson.

Ligados a O’Connell Street estão dois calçadões tradicionais: Grafton Street e Henry Street, com muitas lojas.

Vale lembrar que, na Irlanda, a moeda é o euro. Já nos países do Reino Unido (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, que tem Belfast como capital) a moeda é a libra esterlina. Então, para não confundir os cifrões das duas moedas que são parecidos, os preços estarão escritos por extenso, contendo a palavra “euros”.

O aeroporto fica a uns 13 km (ou 30 minutos) do centro. Pegamos um ônibus expresso (Aircoach), dentro do estacionamento do aeroporto. A passagem custa 7 euros e são várias paradas. Mostramos o endereço do nosso hotel (estava reservado) para que ele nos indicasse o melhor local para descermos. Há, também, um ônibus urbano, 41, que leva até o centro. É mais barato, 3 euros.

Hospedamo-nos no Avondale Guesthouse (1 Gardiner Street). Diária para casal a 39 euros, com café da manhã. O quarto é pequeno e quente, mas bem localizado.

A estação rodoviária está localizada a menos de 10 minutos da O’Connell Bridge. Dublin não tem metrô, e sim o trem aéreo (DART), que não serve nenhuma área de interesse turístico. O ideal é andar a pé ou pegar o Dublin Bus Tour ou o Dublin Tour, ambos por 15/13 euros (estudante), com o tíquete valendo por 24 horas. Por exemplo, se você começar o passeio às 14h, poderá utilizar o transporte até às 14h do dia seguinte. Lembrando que o serviço começa a operar às 9h e termina às 18h30, com ônibus saindo a cada 10 ou 15 minutos. Há uma promoção para 72 horas; nesse caso, o tíquete vale 25 euros.

Por não ter metrô, o trânsito é mais tumultuado nos horários de rush. Mesmo sendo mais caótica e um pouco mais suja que Londres e Edimburgo, Dublin não perde sua elegância. Suas famosas portas de cores coloridas, suas casas e prédios moldados com folhas coloridas nas paredes e flores nas sacadas, suas ruas repletas de monumentos e de gente, passam vida e charme.



Subimos no Dublin Bus Tour e paramos na
Trinity College (Pearse Street).
A universidade foi fundada em 1592 e impressiona pela estrutura. São vários prédios, e sua grande atração são os Book of Kells, manuscritos de cunho religioso ilustrados por monges na tradição gráfica celta. Ali estudaram os escritores irlandeses Oscar Wilde, Samuel Beckett e Jonathan Swift. Aberta de segunda a sábados, das 9h30 às 17h; e domingos, das 12h às 16h30 (out/mar). Das 9h30 às 16h30 (mai/set).

A próxima parada foi Dublin Castle (Castelo de Dublin), na Castle Street, que não impressiona muito, ainda mais depois da imponente edificação vista em Edimburgo (Escócia). Os aposentos reais contêm o que restou da arquitetura de interiores de estilo normanda e hoje abrigam órgãos governamentais. Curioso é que no dia em que estivemos lá estava sendo filmado um filme, que devido às roupas dos atores figurantes que desfilavam pelo pátio do castelo, parecia ser de época. Abre de segunda a sexta, das 10h às 16h45; sábados e domingos, das 14h às 16h45. Entrada a 4,50/3,50 euros (estudante).

A Dame Street, próxima ao Trinity College e ao Dublin Castle, oferece restaurantes e pubs de bom nível. Um deles, The Bank Bar and Restaurant, foi eleito o melhor bar do ano em 2007.

Na esquina da Drury Street, há um prédio de tijolinhos que ocupa todo um quarteirão, que abriga bistrôs, restaurantes, bares, lojas de roupas, e até uma galeria com uma feira de artesanato. Um aviso aos colecionadores: há uma loja que vende LP’s antigos.

Seguimos, então, para Christ Church, igreja normanda de paredes brancas, fundada pelo conquistador Strongbow, em 1030. Entrada a 6/4 euros (estudante). Aberta diariamente, das 9h45 às 17h (até às 18h, no verão).

Ao lado, está o Dublinia, museu que recria Dublin desde o século XII e mostra cenários com objetos da época. As explicações podem ser acompanhadas com o uso do audioguia. Abre das 10h às 17h (abr/set); das 11h às 16h (out/mar); e sábados e domingos, das 10h às 16h. Entrada a 6,25/5,25 euros (estudante).

Um pouco adiante, paramos na St. Patrick’s Cathedral, símbolo da religiosidade irlandesa. A catedral foi erigida em 1192 e reformada pelos normandos quatro séculos depois. Ali, St. Patrick batizou os primeiros ministros cristãos. À volta, há um parque e um cemitério.

Aos apreciadores de cerveja, o tour também passa pela Guinness Brewery (Market Street). É a mais notável cervejaria irlandesa, que também possui um museu dentro da fábrica. Conta-se todo o processo de produção do produto. Aberta para visitação diariamente, das 9h30 às 17h (até às 19h, jul/ago). Entrada a 14/10 euros (estudante).

Perto dali, na Thomas Street, está a St. Catherine's Church, construída em 1'769. É bela e não está incluída no circuito turístico. Da cervejaria Guinness dá para ir a pé até ela.

Próxima parada do nosso tour foi o Kilmainham Gaol (presídio/museu). Mais afastado, fica na Inchicore Road. Para chegar, há o ônibus público 79 saindo de Aston Quay, na margem do rio. Ele pára bem em frente ao museu. Foi uma prisão construída de acordo com os modelos de repressão social dos séculos XVIII e XIX: bastilha irlandesa e sede de execuções e torturas. Abrigou criminosos de pequenos delitos até revolucionários de 1916, que lutavam pela independência da Irlanda. O único problema é que a visita às instalações penitenciárias só é feita com guia e a cada 35 minutos. Se quiser ver, tem que esperar. Entrada 5,30/2,10 euros (estudante).

Outros museus são o Museum of Modern Art (Military Art) – antigo hospital transformado em museu em 1990, com uma coleção de obras de pintores modernos, irlandeses e estrangeiros; e o National Museum, que apresenta artefatos neolíticos, celtas, vikings e normandos e conta a história dos povos ocupantes do país. Em ambos, a entrada é franca.

Mas imperdível mesmo é a National Gallery of Ireland (Merrion Square West 2). Uma riqueza de pinturas irlandesas do século XV ao XIX e mais alguns estrangeiros em exposições temporárias, como Picasso, Caravaggio, Velásquez e outros. As salas são enormes e divididas por período. Aberta de segunda a sábado, das 9h30 às 17h30; domingos, das 12h às 17h30. Nas quintas, o acesso é liberado até às 20h30. Entrada gratuita.

E no alto da O’Connell Street, na Parnell Square, está o Writers’ Museum, com cartas, anotações e itens pessoais de gente como Behan, Swift, Wilde e James Joyce. Este último foi um escritor irlandês, nascido em 1882, que teve uma rígida formação católica, estudou medicina em Paris, largou o curso e voltou à Irlanda para dedicar-se à literatura. Sua grande obra-prima é “Ulisses”, publicada em 1922.

Na cidade, há uma estátua e um museu em sua homenagem. O James Joyce Museum (Great North George Street) reúne material biográfico sobre a vida e obra. Aberto de terça a sábado, das 10h às 17h. Entrada a 5/4 euros (estudante).

Uma boa dica para almoçar é o Charlies Restaurant. Serve pratos de comida chinesa, por 7,90 euros. Há vários na cidade; um deles está situado na Dame Street, próximo ao Dublin Castle.

Em Dublin, também há o mercado Tesco Express (o vimos em Londres), uma boa alternativa para comprar refeições para o almoço e café da manhã mais baratas. Há um entre a O’Connell Street e a rua do nosso hotel. A novidade lá é que há um caixa self-service. Se estiver com poucos produtos, você mesmo pode passá-los numa leitora de preços, que dá o total da compra. Você paga em dinheiro ou cartão e vai embora. Mais eficiente e rápido, impossível.

No dia 16 de outubro, seguimos para Talin (Estônia), pela empresa aérea irlandesa Ryanair. Tivemos que fazer uma escala no aeroporto Stansted, em Londres, pois não há voos diretos para a capital estoniana.

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