Rennes (Mont Saint-Michel) - França

sábado, 31 de outubro de 2009


Rennes recebe muitos turistas devido à proximidade do Mont Saint-Michel ou Abadia Saint-Michel (60 km), o segundo ponto turístico mais visitado da França, perdendo apenas para a Torre Eifel.

Já saindo da estação de trem (chegamos às 22h20, do dia 31/10, vindo de Paris), você vários hotéis. Nós ficamos em um mais afastado, Hôtel Mercure Place de Bretagne (rue Lanjuinais). Fizemos a reserva de Paris, na estação, ao reservamos nossos lugares no trem. É comum os atendentes nos guichês já oferecerem hotéis nas cidades próximas. Aceitamos porque ele nos garantiu que o hotel ficava perto da estação. Infelizmente, tivemos que caminhar muitas quadras até chegar nele. Pagamos pela diária 62 euros, mais uma taxa de turismo de 1,70 euros (cobrada na saída), sem café da manhã. Há outro Mercure, mais próximo, na Rue du Capitaine Maignan, depois da Biblioteca Central, que é um prédio moderno bastante impressionante.

No dia seguinte (1º/11), pegamos um táxi para o Mont St-Michel (o taxista estava na estação de trem, ao lado da estação de ônibus). Era um domingo e o primeiro ônibus só sairia às 11h30. Não poderíamos esperar, já que tínhamos que ir e voltar no mesmo dia. Pagamos 50 euros pela viagem. Em 45 minutos, estávamos lá. De segunda a sábado, o ônibus sai de Rennes às 9h30. Nos demais dias, às 11h30, 12h45 e 16h40. A viagem leva 1h20 e custa 12 euros.

Pode-se ficar também na cidade de Portonson, a apenas 12 km de St. Michel. Há ônibus frequentes para lá. No nosso caso, ficamos em Paris porque não há trens até Pontorson, somente ônibus que fazem o percurso em 3h30.


Em Portonson, os hotéis são mais baratos que em St. Michel. Há o Coordonnées Auberge (21, rue du Genéral Patton), a 11/12 euros por pessoa (sócio/não sócio); o Best Western Hôtel Montgomery (13, Rue Couesnon); e o Logis Ariane (50, Bd Clémenceau). Reserva: www.booking.com.

O que a torna tão especial, diferente de qualquer outro lugar, completamente fascinante, além de ter sido construída no século X na parte mais alta de uma cidadela medieval (numa rocha de puro granito de 84 m de altura), é a sua localidade, de importância não apenas religiosa ou arquitetônica como também estratégica. Conta-se que no século XII, durante a Guerra dos 100 anos, entre França e Inglaterra, 119 cavaleiros franceses se instalaram ali e não permitiram que os ingleses tomassem o monte. Acontecimento que contribuiu para tornar o Mont St. Michel um dos mais fortes símbolos da história e identidade francesas.

O local é uma ilhota (800 m de diâmetro) cercada de areia movediça; uma espécie de monumento-ilha, cuja visitação depende da boa vontade das marés, consideradas as mais rápidas do mundo. Conforme a época do ano e as fases da lua, a cidadela e sua abadia medieval podem situar-se no meio de um areal sem fim, a 10 km de distância do mar, ou, completamente envolvidas pelas águas, virando uma ilha, ligada ao continente somente por uma estradinha que impede o total isolamento durante as marés cheias.


Hoje, há inúmeros hotéis e restaurantes ao seu redor. O Hotel La Mère Poulard (também restaurante) é um deles, bem na entrada da cidade. Reserva: www.merepoulard.com ou hotel@merepoulard.com. Não sabemos o valor da diária. Paramos lá somente para deixar nossas bagagens na recepção, enquanto entrávamos na abadia. Importante: se estiver hospedado em Rennes ou em Portonson, de preferência, deixe sua bagagem no hotel, pois em St. Michel não há lockers. A única maneira é entrar em algum hotel com “cara de pau” e perguntar se há um lugar para guardar as malas. Nós viemos com nossas malas, pois dali já seguiríamos para outra cidade, Tours. Outra opção de hospedagem é o Hotel Du Guesclin. Foi onde almoçamos. Na maioria dos hotéis, há restaurante. Foi o mais barato que encontramos, 11,50 euros por prato (salada como entrada e spaghetti ao molho branco como prato principal). Geralmente, os pratos custam de 28 euros para cima.

Aos domingos, a entrada na abadia é gratuita. Há 4 museus pequenos no local, com entrada combinada a 18 euros, ou 8 euros para cada um. Optamos apenas pelo Museu Histórico. Todavia, não vale a pena. A abadia e a visão que se tem lá de cima são suficientes na visita. No centro de informações, também guichê, você ganha um mapinha da abadia.

Para subir e descer é o mesmo caminho.

As razões que levaram à sua construção numa posição de tão difícil acesso não são bem conhecidas, tendo sido provavelmente uma mistura de motivos religiosos, políticos e militares, com maior ou menor predominância de alguns sobre outros, de acordo com a época. Iniciando no ano 709, quando surgiu a primeira igrejinha sobre o rochedo, obras diversas foram contribuindo para que, ao longo dos séculos, o local assumisse a forma que possui em nossos dias.


O nome – Mont St. Michel – foi escolhido porque naquele ano o arcanjo São Miguel teria feito uma aparição para o bispo da cidade de Avranches, determinando que fosse construída, no topo daquele rochedo isolado à beira-mar, uma capela para honrar o Senhor. A tarefa difícil seria uma prova de fé e representaria, também, uma proteção espiritual para todos.


A tarefa foi cumprida, a capela foi erguida, e no topo da mesma foi colocada uma imagem do arcanjo São Miguel. O mosteiro passou então a abrigar religiosos, sendo que com o tempo nas encostas do morro surgiram outras construções, residências e estabelecimentos comerciais. Posteriormente foram erguidas muralhas e torres fortificadas, destinadas a manter afastados invasores, em especial os ingleses.


No alto da torre da abadia do Mont St. Michel, na pontinha da agulha, há uma escultura de São Miguel, em metal dourado, situada 170 m acima do nível do solo.

Ao atravessar o portão de acesso na parte interior das muralhas os visitantes seguem por uma simpática e estreita ruela medieval, com algumas escadas, repleta de lojinhas oferecendo tudo o que se possa imaginar sobre a atração turística, com a imagem gravada ou com o formato do monte. São pratinhos, porcelanas, chaveiros, ímãs, guardanapos, calendários, camisetas, pôsteres, postais, vinhos, biscoitos, doces, chocolates, publicações, DVD’s.



Depois de atravessar uns 200 m de comércio, começa a subida ao monte. Neste percurso estão alguns hotéis (sempre lotados), creperias e restaurantes. Mais adiante, atravessando uma imponente porta de madeira, chega-se à área religiosa do monte, onde uma escadaria conduz até a plataforma superior que dá acesso à basílica.


A abadia é imensa, percorrem-se salões, arcadas, colunatas, câmaras escuras, rampas, jardins internos, o refeitório dos monges e outros ambientes, todos em pedra, que nos fazem regressar no tempo.

Os trechos fortificados de Mont St Michel são igualmente impressionantes. Destacam-se as grandes torres (Tour Claudine, Tour du Nord, Tour de la Liberté, Tour de l’Arcade, Tour du Roi e Tour Boucle), que margeiam as muralhas da cidadela e o trajeto de ronda, contornando a cidadela e oferecendo visuais magníficos. Prepare-se para o frio e o vento no alto. Infelizmente, chovia muito no dia, o que nos impediu de tirar aquela foto de cartão-postal.


Um dos locais mais belos da abadia é seu claustro, situado num dos planos mais elevados, acessado logo após um pátio interno, na saída da abadia. Para percorrer os ambientes internos, duas horas bastam.


Às 14h30, já tendo descido as escadarias e almoçado, pegamos o ônibus para Rennes, que sai da porta de entrada do monte. De St. Michel para Rennes, os horários de ônibus são os seguintes: 9h30, 11h10, 14h30, 16h10 e 17h25, diariamente. De qualquer forma, é sempre bom checar antes (os horários podem mudar conforme a época) e obter o “timetable” na estação de Rennes, antes de seguir para a abadia.

De Rennes, seguimos para Tours, cidade no Vale do Loire, onde estão os mais lindos castelos da França. Era o dia 1º de novembro. Saímos às 17h10 e chegamos às 20h24. Há baldeação na estação de trem Le Mans.

Postar um comentário

Visitantes (últimos 7 dias)

Visite Blog RotaCinema

  • Capone - *País*: EUA *Ano*: 2020 *Gênero*: Biografia *Duração*: 101 min *Direção*: Josh Trank *Elenco*: Tom Hardy, Matt Dillon, Linda Cardellini e Kyle MacLachlan. ...
    Há 3 anos

Postagens populares do blog

Tags

Blog Simone, viagem barata, viagem independente, hotel barato, Europa Norte, Península Escandinávia, Noruega, Oslo, Suécia, Estocolmo, Finlândia, Helsink, Helsinki, Helsinque, Dinamarca, Copenhague, Estônia, Talim, Talin, Bélgica, Bruges, Gent, Holanda, Amsterdam, Amsterdão, Marken, Volendam, França, Saint Michel, Castelos, Vale do Loire, Simone Rodrigues Soares.







  © Blogger template On The Road by Ourblogtemplates.com 2009

Back to TOP