Copenhague - Dinamarca

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Vindo de trem de Oslo, tivemos que fazer uma baldeação em Gotemburgo, Suécia.

É a maior e mais importante cidade da Dinamarca, com 1,7 milhão de habitantes. A Dinamarca é um país moderno, desenvolvido, nível de vida elevado (por isso, muito caro) e bem à frente do seu tempo.

Copenhague é bela e já causa boa impressão na chegada. Para quem vem de avião, é o aeroporto de Kastrup, a 11 km do centro. Um trem (30 kr coroas dinamarquesas ou 4 euros) o liga à estação central de Copenhague, de 20 em 20 minutos, das 4h35 à 0h35. Pelo mesmo valor, mas em 40 minutos, o ônibus 250S faz o mesmo caminho. A partir da meia-noite, há o Nightbus, a 60kr ou 8 euros.

Para quem vem de trem, como é o nosso caso, a Central Station (estação central de Copenhague) é um espetáculo de construção. Bela, grande e confortável, é de onde chegam e partem trens para várias destinos na Alemanha, França, Holanda, Noruega, Suécia, entre outros. Fica em frente ao Parque Tivoli.

O transporte tem ônibus e 10 linhas de trens urbanos (S Trains), que passam pela Central Station. Um tíquete para utilizar em 2 zonas (são 95 ao todo) custa 20 kr ou 2,70 euros, válido por 1 h e aceito em todos os meios de locomoção. O passe de 24h sai por 115 kr ou 15 euros.

Mas a beleza da cidade é um convite para andar a pé ou de bicicleta, o que não falta por lá. Você verá muitas, o tempo todo, com ou sem chuva. Pode-se pegá-las emprestadas em locais específicos (no centro), onde coloca-se uma moeda de 20 kr ou 2,70 euros na própria, podendo circular somente na zona central. Ao devolvê-la, você recebe a moeda de volta. No lugar de retirada da bike, há um mapa com todos os outros pontos para a devolução.

Curiosidade: o alfabeto dinamarquês tem três letras a mais que o nosso: Æ/æ, Ø/ø e Å/å. Para Æ, lê-se “é”, aberto como em “fé”. O som de Ø é anasalado, como ã em “fã”, por exemplo; e o Å tem o som de “o” aberto, como em “nó”.

Um bom ponto de referência é a rua Strøget, na verdade, um calçadão, que cruza a capital dinamarquesa, ligando a prefeitura ao canal Nyhavn. Ali, você encontra bares, lojas e restaurantes. É a união de outras cinco ruas: Østergade, Amagertorv, Vimmelskaftet, Nygade e Frederiksberggade, de onde a cidade se desenvolveu.

Saindo da estação, à esquerda, ao lado do Parque Tivoli, está o Centro de Informações Turísticas, onde pode-se obter mapas, informações sobre hotéis, programação cultural do mês e, claro, sobre as atrações da cidade. O centro fecha aos domingos. Lá, também pode-se comprar o Copenhagen Card, que garante a entrada em diversos locais e livre acesso aos meios de transporte da cidade e arredores. Valores: 199 kr ou 27 euros para 24h (citycard) e 429 kr ou 58 euros para 72h (pluscard).

O Sightseeing não vale a pena nesta época (outono-novembro). O horário é reduzido: 9h às 14h, o que não é suficiente para conhecer todos os pontos turísticos.

Interessante é um ônibus amarelinho, elétrico, o City Cirkel, que sai a cada 7 minutos, da Københavns Rådhus (Praça da Prefeitura). Ele faz um circuito passando por quase todos os pontos interessantes da cidade. Seu tíquete custa 22 kr ou 3 euros e vale somente por 1 hora.



Aliás, a prefeitura é enorme e belíssima, construída em 1905 com tijolos vermelhos. Famoso é o seu relógio na torre:
Jean Olsen’s World Clock, que levou 27 anos para ser acertado, atrasando meio segundo a cada 300 anos. Par subir (300 degraus), são 20 kr ou 2,70 euros. Aberta de segunda a sexta, das 8h às 16h. Visitas guiadas custam 30 kr ou 4 euros (seg/sex, às 15h; sábados, às 11h). Entrada gratuita.

Hospedamo-nos no Cab Inn City (Mitchellsgade 14), localizado logo atrás do Parque Tivoli, a poucos passos da Central Station. São 350 quartos com banheiro, TV e telefone. Foi o menor quarto que já vimos, lembrando mesmo uma cabine. Café da manhã a 50 kr ou 7 euros. Diária para casal a 750 kr ou 101 euros. Reserva: city@cabinn.dk. Aconselhável reservar antes.

Um dos recepcionistas é brasileiro e nos deu uma boa dica para lavar roupas: uma lavanderia self service, aberta das 6h às 23h. Não há ninguém lá. Leve moedas do dinheiro local, pois precisará para pagar as máquinas de lavar e secar e o sabão. As instruções de uso estão na parede. Para tudo, você gasta uns 3 euros ou menos, dependendo do tempo que programará para cuidar de suas roupas. Do nosso hotel até a lavanderia, são algumas quadras. É preciso chegar até a estação, atravessá-la e seguir pela rua Istedgade. Fica em uma esquina.

De roupas lavadas e secas, voltamos ao hotel para deixá-las. Enfim, começaríamos nosso tour.

Na rua atrás do nosso hotel (Dantes Plads 7), está o Ny Carkberg Glyptotek (Museu de Esculturas). Apresenta coleções de esculturas gregas, egípcias e romanas, artefatos etruscos e pinturas de impressionistas franceses. Aberto de terça a domingo, das 10h às 16h. Entrada a 50 kr ou 7 euros.

O Parque Tivoli (entrada pela rua Vesterbrogade 3), fica em frente à Central Station, portanto, também próximo de onde estávamos hospedados. Fundado em 1843, além de parque de diversões, oferece teatro infantil, pantomima, concertos de rock e cinema. À noite, sua roda gigante iluminada chama a atenção. Aberto diariamente, das 11h-23h/24h (horários podem variar). Acesso a 85 kr (11 euros) mais 10 kr (1,35 euros) por cada brinquedo ou 225 kr (30 euros) com passe livre para todos os brinquedos.

Algumas quadras abaixo da Praça da Prefeitura, na rua Nørregade 8, encontra-se a Vor Frue Kirke (Igreja de Nossa Senhora). Catedral luterana neoclássica de 1829, com esculturas de Bertel Thorvaldsen (escultor dinamarquês do neoclassicismo europeu), dentre elas os 12 apóstolos e Cristo. A igreja é simples, possui seis colunas brancas em sua entrada e um pequeno relógio na sua torre. Aberta de segunda a sábado, das 8h às 17h. Entrada gratuita.

Até chegar ao famoso canal Nyhavn (um dos cartões-postais de Copenhague), cercado de casinhas típicas, onde todo turista tira foto, passa-se por alguns pontos turísticos. Mas outros estão mais afastados, alguns a leste; outros, a oeste. Prepare-se para caminhar, mas a cidade é tão bonita que merece. O canal começa na praça Kongens Nytorv, também muito bela, cercada pelo Chralottenborg (Academia Real de Belas Artes), um palácio barroco do século XVII; e pelo Royal Theater, sede do Balé Real Dinamarquês; e por alguns órgãos governamentais.

O canal Nyhavn foi criado em 1671, anexo ao porto, e era onde moravam os que ali trabalhavam. Hoje é um conjunto de restaurantes e cafés ao ar livre. As casinhas típicas coloridas são um charme. Uma delas, a de número 9, é datada de 1681. O escritor de literatura infantil, Hans Christian Andersen, viveu em algumas destas casas. Do canal, saem passeios de barco para apreciar Copenhague. Visitas guiadas a partir das 10h20, sendo o último barco às 15h30. Geralmente, saem a cada 40 minutos. Ingresso a 60 kr ou 8 euros.

Antes de chegar ao canal, há o Christiansborg Palace. Em estilo neobarroco, é a casa do Parlamento, sede do Governo nacional e, também, serve de escritório do primeiro-ministro. É a terceira construção neste local, já que as duas anteriores incendiaram. Para visitar as salas reais, somente com visitas guiadas a 65/55 kr ou 9/7,50 euros (estudante). E para ter acesso às ruínas embaixo do castelo, dos dois antigos prédios, visitas guiadas, de maio a setembro, de segunda à sexta (no restante do ano, não abre às segundas), a 40/30 kr ou 5/4 euros.

Junto ao Christiansborg e à beira do canal, está o Thorvalden’s Museum. O museu é dedicado à preservação da obra e da memória de Bertel Thorvaldsen (1770-1844), um dos grandes escultores do Neoclassicismo europeu. Além de possuir a maior parte dos originais em gesso que deram origem às suas esculturas, guarda algumas peças finalizadas em mármore, esboços, desenhos, pinturas, livros, documentos e muitos objetos pessoais do artista. No total são quase 300 relevos, 90 obras e estatuária e 150 bustos.

O prédio em que hoje se instala o museu antigamente era o das cocheiras reais, mas foi completamente refeito entre 1839 e 1848 por Michael Gottlieb Bindesbøll, ainda que conserve as proporções semelhantes ao edifício original. Sua fachada é discreta, com cinco grandes portas encimadas por janelas retangulares, emolduradas por elementos em relevo, com pilastras coríntias nos cantos. Sobre o centro do edifício foi instalado um grupo estatuário em bronze, que representa uma quadriga conduzida pela Vitória. Nas laterais figura uma série de painéis em pintura executados por Jørgen Sonne, que ilustram episódios da vida do artista e cenas da chegada de algumas das obras de arte ao museu.

Há dois locais que oferecem uma bela vista da cidade. Um deles é a Rundetårn (Torre Redonda), na rua Kobmagergade 52A. Construída como observatório astronômico em 1642, é o mais antigo em uso na Europa. Aberta de junho a agosto, das 10h às 20h; domingo, das 12h às 20h. No resto do ano, abre das 10h às 17h (domingos, das 12h às 17h). Entrada a 25 kr ou 3,40 euros. A outra opção é a Vor Frelsers Kirke (Igreja do Nosso Salvador), no bairro Christianshavn. A igreja tem uma torre em caracol, inaugurada em 1696, a mais alta da cidade, com 90 metros (prepare-se para subir, além de íngreme, a escada é estreita e o local, escuro). A vista é realmente bela e você pode tirar fotos de vários ângulos, mas o espaço lá em cima é bem apertado. Não recomendável para os claustrofóbicos. A torre é retorcida e tem detalhes em dourado que podem ser vistos de longe. Entrada a 25 kr ou 3,40 euros.

Outro palácio é o Rosenborg Slot (Øster Voldgade 4A). Há alguns passos, à esquerda do canal Nyhavn, perto da estação Nørreport. Cercado por um lago, foi erguido em 1577 como residência de campo, por Christian IV, foi expandido em 1624 e transformado em um castelo renascentista. Sua arquitetura impressiona, assim como seus imensos jardins, cuidadosamente ornamentados e os mais antigos da Dinamarca, datados do século XVII. É cobrado apenas o acesso ao palácio: 70 kr ou 9,50 euros. Pode-se ver tapeçarias, retratos, o tesouro real e as jóias da Coroa.

Amalienborg Palace é a residência da família real em Copenhague desde 1794, dividida em 4 mansões em estilo rococó, em frente à praça, onde está a estátua de Frederyk V, em cima de um cavalo. No Christian VII Palace pode-se conhecer os quartos em visitas guiadas (no verão, de julho a setembro, aos sábados e domingos, das 11h30 às 14h30. Ingresso a 75 kr ou 10 euros.

Em uma das laterais da praça, onde está o Amalienborg Palace, pode-se ver a Marmor-Kirken, uma belíssima igreja, em formato circular e com esculturas adornando toda a construção e com uma imensa cúpula verde.

Acima do Amelienborg Palace, no Kasltellet Park, está a famosa escultura Den Lille Havfrue (Little Mermaid ou Pequena Sereia). É uma das figuras mais conhecidas da cidade, apesar de ser apenas uma pequena sereia em cima de uma pedra dentro d’água. No parque, você pode visitar o Frihedsmuseet (Museu da Resistência), que enfoca as atividades da resistência dinamarquesa contra os nazistas, na Segunda Guerra. Entrada gratuita.

Perto do parque, está a St. Alaban’s Church (igreja); e The Old Citadel (Kastellet), esta construída pelo rei Christian IV, entre 1626 e 1660, para proteger Copenhague dos ataques marítimos. A mais antiga fortaleza militar ainda está ativa. A maioria dos prédios da fortaleza estão intactos, desde o período do rei Frederik III (1658-1660), e são o centro dos quarteirões da Inteligência da Defesa Dinamarquesa.

Um bairro famoso em Copenhague é o Christianshavn (entrada principal na Prinsessegade), cruzando a ponte Christians Brygge. Espécie de cidade livre, fundada em 1971, em um terreno onde havia um campo militar abandonado. Hoje vivem cerca de mil pessoas, que optaram por um modo alternativo de viver. Tudo teve início nos anos 70 como um acampamento hippie e acabou transformando-se em uma pequena comunidade auto-sustentável, com suas próprias regras. A convivência com a polícia é pacífica. O uso do haxixe ou da maconha é tolerado, desde que com moderação. Destaque para o bar Woodstock.

Neste bairro, estão a Christians Church (Igreja de Cristo); o Royal Danish Naval Museum (Museu Naval Dinamarquês Royal); e a Vor Frelsers Kirke (Igreja do Nosso Salvador), já citada acima.

Fomos, ainda, ao National Museet (Museu Nacional), na Ny Vestergade 10, bem próximo da Central Station. Ocupa todo um quarteirão. É o mais importante museu do país, com exposições sobre a Pré-História, a Idade Média, a Renascença Dinamarquesa e a Dinamarca do século XVII. Também possui coleções de moedas e medalhas, antiguidades egípcias e uma exibição etnográfica com bonecos representando os vários povos do mundo. Ao todo, são 3 níveis no museu. Na entrada, você recebe um mapa de cada andar, com todas as informações. Reserve tempo, pois o museu é imperdível!!! Aberto de terça a domingo, das 10h às 17h. Acesso gratuito.

Na Central Station, há vários mercadinhos e lanchonetes, mas o ideal e mais barato é fazer compras no centro, nos mercados que vendem frutas, verduras e lanches prontos também.

Ao final do dia, passamos lá para buscar informações sobre como chegar a Hillerød, onde está o Frederiksborg Castle (Castelo Frederick). No dia seguinte (dia 27 de outubro), partimos cedo.

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