Viagem ao Norte da Europa

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Em 07 de outubro de 2009, partimos de Brasília (DF) para uma nova viagem. Excelente, mais uma vez. A cada jornada, nossa vontade de desbravar novos lugares só aumenta. Ao final da viagem, um imenso desejo de começar tudo de novo, de apreciar outros lugares, de descobrir o que ainda não conhecemos.

Desta vez, o destino foi Inglaterra, Escócia, Irlanda, Estônia, Dinamarca e os países nórdicos: Noruega, Suécia e Finlândia. Visitamos as capitais e algumas cidades interessantes destes países.

Como aproveitamos bem nosso tempo, passamos ainda em Bruges e Gent, na Bélgica; Marken e Volendam, na Holanda; e Vale do Loire e Abadia St. Michel, na França.

Arrume as malas e boa viagem!

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Tours (Vale do Loire) - França

domingo, 1 de novembro de 2009


Chegamos à noite, no dia 1º/11, às 20h24, na Estação de Trem SNCF, na Place du Marechal Leclerc. Cuidado: há outra estação que fica no subúrbio de Tours, é a St-Pierre-Des-Corps (SNCF), antes da principal. Atente para não descer no local correto. Ouça a estação anunciada no trem e, também, leia a placa ao chegar.

Hospedamo-nos num hotel de esquina, ao lado da estação, chamado Hotel de L’Europe, pagando 62 euros pela diária, mais taxa de turismo de 1,98 euros. Café da manha à parte, por 7 euros. Ficamos duas noites.

Há outros hotéis do outro lado da estação e da praça, mais caros.

A cidade tem 270 mil habitantes e é uma das cidades do Loire. A partir do século XVIII, o rei François I, apaixonado por obras arquitetônicas, incentivou a construção de castelos. Qualquer burguês poderia adquirir uma pequena propriedade e nela erguer um château (castelo) como símbolo de status. Assim o fizeram e, por isso, no Vallée de la Loire, há várias fortalezas medievais e gigantes mansões cercadas, geralmente, de fossos, parecendo verdadeiros castelos de contos de fadas. Hoje, podemos apreciar tamanhas grandezas.

Além de Tours, Blois é outra cidade que serve como base para visitar a região. Falaremos dela mais abaixo.

Tours é uma cidade bonita, dividida por dois rios. O centro está à margem do rio Loire, ao norte.

A Place Jean Jaunes (saindo da estação, dobrando à esquerda no Boulevard Heurteloup) é o local onde se pega a maioria dos ônibus.

O Quartier Plumereaux é a área mais atrativa, uma espécie de bairro gótico com prédios antigos e construções típicas. É onde está a Cathédrale St-Gatien (rue Jules Simon), com suas duas torres de 70 m. Para chegar, saia em frente da estação, cruze a praça, virando à direita no Boulevard Heurteloup, depois à esquerda na rue Jules Simon até a Praça da Catedral. Entrada gratuita.

Ao lado da Catedral, encontra-se o grande Musée de Beaux-Arts (Museu de Belas Artes). Fechado às terças-feiras.

Seguindo adiante, pela rue Lavoisier, chegamos à Biblioteca Municipal e a bela Pont (ponte) de Saint Symphorien (mesmo nome do aeroporto, distante a 4 km) que corta o rio Loire.

Passando a Praça da Catedral e virando na primeira rua à direita, está o calçadão Colbert, que dá acesso à Igreja St. Julien. No percurso, várias lojas, cafés, restaurantes e um bom supermercado.

No dia 02 de novembro, começamos nossa peregrinação pelos castelos. Impossível ver todos, devido à quantidade existente e ao tempo que tínhamos. Conhecemos cinco, ao todo.

Iniciamos pelo Château d’Amboise. De Tours para a cidade de Amboise, onde fica o castelo, são somente 20 minutos de viagem. Com a estação à nossa frente, foi fácil pegar o primeiro trem. Os horários, de segunda a sábado, são: 5h32, 6h31, 6h47, 7h08, 8h14 e, daí em diante, mais ou menos de 1 em 1 hora, com um intervalo maior entre 11h e 15h.

O mesmo trem segue para Blois, onde também há mais dois castelos. Até lá, a viagem dura 40 minutos.

O Château d’Amboise, de estilo renascentista italiano, foi uma cidadela fortificada por Carlos VII no século XV. Amboise foi o lugar onde um jardim organizado um pouco à maneira italiana foi visto pela primeira vez na França: no sítio do original jardim formal francês.

Ampliado e melhorado ao longo do tempo, no dia 04 de setembro de 1434, o edifício foi confiscado e adicionado por Carlos VII aos bens da Coroa, depois do seu proprietário, Louis d'Amboise, ter sido acusado de conspiração contra Luís XI e executado em 1431. Uma vez nas mãos reais, o castelo tornou-se um dos favoritos dos reis franceses. Carlos VIII de França, que aqui nasceu e faleceu, decidiu fazer extensas reconstruções, começadas em 1492 ao estilo do gótico flamboyant francês tardio e, depois de 1495, empregou dois mestres pedreiros italianos, Domenico da Cortona e Fra Giocondo, os quais providenciaram para Amboise alguns dos primeiros motivos decorativos renascentistas até então não presentes na arquitetura francesa.

Em seu interior, a capela de Saint-Hubert, onde dizem estar o túmulo de Leonardo da Vinci; a ala Carlos VIII, de estilo gótico flamboyant, que compreende os alojamentos do rei e da rainha; a ala Luís XII, de estilo renascentista italiano, onde estão os alojamentos do século XIX; as duas torres dos cavaleiros (Torre dos Mínimos e Torre Heurtault), rampas cobertas que permitiam o fácil acesso dos cavalos e das carruagens, desde o nível do rio Loire até o plano do castelo; o parque no terraço, onde há um busto de Leonardo da Vinci e um memorial muçulmano para os acompanhantes do teólogo Abd El Kader, falecidos em Amboise durante o seu cativeiro; e canteiros e jardins.

Para chegar, saia da estação em linha reta e atravesse duas pontes. Você avistará a construção de longe. Aberto das 9h às 17h30 (19h no verão). Entrada a 9/7,50 euros (estudante).

Um pouco acima desta fortaleza, está o Parc Leonardo da Vinci ou Château de Clos Lucé (rue du Clos Lucé), como é mais conhecido. Não é um castelo, na verdade é uma mansão renascentista onde Leonardo da Vinci passou três anos da sua vida, arquitetando castelos e outras obras e morreu. O museu é excelente, possui alguns dos rascunhos originais dos seus projetos e réplicas de suas obras e invenções. Pode-se percorrer todos os cômodos (cozinha, quarto, salões, gabinete de trabalho, galeria) intactos desde que ali viveu, onde podemos imaginar como eram seus dias. Para quem tiver tempo e interesse, há o parque dentro da mansão, onde estão expostas suas engenhocas reproduzidas pela IBM. Com certeza, vale a visita. Abre todos os dias, das 9h às 17h (20h no verão). Entrada a 9,50/7,50 euros (estudantes). Na baixa temporada, estudante paga 6 euros.

À tarde, visitamos o Chenonceau, há 25 minutos de Tours. Mas, você também pode ir para lá partindo de Amboise. Descendo do trem e atravessando o trilho, já é possível avisar o castelo, que chama a atenção por ter sido construído sobre o rio Cher, no século XVI. Parece uma “ponte” cruzando o rio. Os jardins de acesso são grandes e belos. Em um deles, há um labirinto italiano, criado por Catarina de Médicis, com mais de 2000 arbustos. A Torre Marques é um dos destaques do castelo. O portão de entrada é imponente. No seu interior, a sala dos guardas, a capela, o gabinete verde, a biblioteca, a galeria, o vestíbulo, a cozinha, o salão Luís XIV, a escadaria, o quarto das cinco rainhas, o quarto de Catarina de Médicis, o salão de chá, entre outros cômodos. Nas paredes, tapeçarias de Flandres do século XVI representando cenas da vida do castelo; e o teto é todo decorado.

Por ter sido sempre habitado por mulheres poderosas, é chamado de “O Castelo das Damas”. Entre elas: Diane de Poitiers, Catarina de Médicis, Luísa de Lorena, Maria Stuart, Margot e Madame Dupin. Muitas festas e encontros intelectuais foram ali promovidos. Voltaire, Montesquieu e Rousseau foram alguns dos seus frequentadores. Aberto diariamente, das 9h às 19h (no verão). Na entrada, recebe-se um guia de visita. Ingresso a 10 euros.

No dia seguinte (03/11), acordamos cedo novamente para irmos a mais dois castelos. O Château de Chambord foi o primeiro. Para ir até lá, é mais difícil. Pegue um trem até a cidade de Blois e, depois, um ônibus. O problema é que os ônibus são escassos e, como era muito cedo, não havia nenhum. Pegamos um táxi (o castelo fica a 16 km da cidade) em frente à estação. Combinamos que ele nos esperaria tirar algumas fotos e que, na volta, nos deixasse no Château de Blois. O dinheiro gasto valeu a pena.

É um dos mais conhecidos castelos do mundo devido à sua distinta arquitetura em estilo renascentista francês que combina as formas medievais francesas tradicionais com as estruturas clássicas italianas. É realmente impressionante!

Embora seja o maior palácio do vale do rio Loire, foi construído apenas para servir de pavilhão de caça para Francisco I de França, que mantinha a sua residência no Château de Blois e no Château d'Amboise.

Em 1913 Marcel Reymond fez a primeira sugestão de que Leonardo da Vinci, um convidado do rei Francisco I, em Clos Lucé, próximo de Amboise (mansão já citada acima), foi responsável pelo desenho original, o qual reflete os planos de Leonardo para um château em Romorantin para a Rainha-mãe, e o seu interesse no planejamento central e na escadaria em dupla-hélice. Porém, a discussão ainda não está concluída.

O palácio é composto por uma fortaleza central com quatro imensos torres baluartes nos cantos. A fortaleza também forma parte da fachada, a qual tem uma largura composta ainda por duas torres mais largas. Nas traseiras encontram-se bases para duas futuras torres, que nunca foram desenvolvidas, e mantêm o mesmo nível do muro. O palácio contém 440 salas, 365 lareiras e 84 escadarias. Quatro abóbadas retangulares, uma em cada piso, tomam uma forma de cruz.

Os telhados de Chambord contrastam com o restante da construção e têm sido comparados frequentemente com a silhueta de uma cidade: mostram onze tipos de torres e três tipos de chaminés, sem simetria, enquadrados nas esquinas pelas torres. O desenho tem paralelo com o Norte da Itália e as obras de Leonardo.

Um dos pontos altos da arquitetura é a espetacular escadaria aberta em dupla-hélice, que é a peça central do palácio. As duas hélices ascendem aos três pisos sem nunca se encontrarem, iluminadas de cima por uma espécie de farol no ponto mais alto do edifício. Isto sugere que Leonardo da Vinci poderá ter desenhado a escadaria, mas isto não está confirmado.

O castelo é constituído por 128 m de fachadas, mais de 800 colunas esculpidas e um telhado elaboradamente decorado. Quando Francisco I concedeu a construção de Chambord, queria que se parecesse com a silhueta de Constantinopla (atual Istambul).

Aberto diariamente, das 9h às 18h15 (19h30 no verão). Entrada a 9,50/7,50 euros (até 25 anos). Na baixa temporada, 8,50/6,50 euros.

De volta ao centro da cidade, passamos para o último castelo de nossa viagem, o Château de Blois. Foi ele que deu origem à cidade, hoje com 50 mil habitantes, e bem mais bela que Tours. É um bom local para se estabelecer e conhecer as magníficas construções da região, com acesso de trem para os principais fortes.

Blois está muito preservada. Suas pontes, casas, ruelas, tudo lembra uma cidade medieval. A Catedral St-Louis, acessada por uma escadaria, é bela. Fica perto da Place du Château (Praça do Castelo), mas do lado oposto.

Outras igrejas são: Igreja Saint-Vincent e St. Nicolas.

A Place de la Republique, cercada pelo Palácio da Justiça, Conselho Geral, Prefeitura e Biblioteca Abbé Grégoire merece destaque.

Então, se voltarmos ao Vale do Loire, optaremos por ficar em Blois; é bem mais romântico do que Tours.

Entramos, finalmente, no palácio. Além de residência de vários reis da França, foi o local onde o Arcebispo de Reims abençoou Joana d'Arc, em 1429, antes de esta partir com o seu batalhão para combater os ingleses em Orleães.

Erguido no centro da cidade de Blois, compreende vários edifícios construídos entre o século XIII e o século XVII, ao redor do pátio principal. A sua mais famosa peça de arquitetura é a magnífica escadaria em espiral, na ala de Francisco I. O castelo medieval tornou-se uma residência real e a capital política do reino durante o reinado de Luís XII de França. No início do século XVI, o soberano iniciou uma reconstrução do castelo e a criação de um jardim renascentista.

A entrada principal do palácio, caracterizada por uma estátua eqüestre do rei Luís XII, é feita em tijolo encarnado e pedra cinzenta, o que dá bastante charme à construção. Apesar de o estilo ser essencialmente gótico, existem elementos renascentistas, tais como um pequeno candelabro.

Quando Francisco I subiu ao trono, a sua esposa, Cláudia de França, o convenceu a mobiliar Blois com a intenção de se mudar para lá, deixando o Château d'Amboise. Francisco I, então, iniciou a construção de uma nova ala e criou no palácio uma das mais importantes bibliotecas da época. Após a morte da esposa, em 1524, ele passou muito pouco tempo em Blois, tendo a impressionante biblioteca sido levada para o Real Château de Fontainebleau, onde foi usada como “Bibliothèque Nationale” (Biblioteca Nacional).

Ali a arquitetura e a ornamentação são marcadas pelas influências italianas. Ao centro, está a monumental escadaria em espiral, coberta por finas esculturas e com vista para o pátio central. Por trás desta ala está a fachada das galerias.

Destaque para a Sala dos Estados, a única do século XIII e era sede da corte, utilizada como sala de justiça pelos condes; o museu lapidário (as esculturas originais das diversas alas estão reunidas nas antigas cozinhas da ala Francisco I); sala do rei Francisco I; sala dos guardas; galeria e quarto da rainha (onde Catarina de Médicis morreu em 1589); oratório; gabinete da rainha; sala do Guise (há quadros que retratam o assassinato do duque de Guise, em Blois, em 1588; tal fato teria inspirado muitos pintores); galeria e quarto do rei (ali teria ocorrido o assassinato do duque de Guise, tendo caído aos pés da cama do rei, golpeado por ordem do rei Henrique III); sala do Conselho; a capela de Saint-Calais, construída no reinado de Luís XII, com vitrais que evocam personagens da história do castelo.

Ainda há o Museu de Belas Artes, na ala Luís XII. Desde 1869, os apartamentos reais do primeiro andar abrigam o museu, apresentando pinturas e esculturas dos séculos XVI a XIX, além de tapeçarias francesas e flamengas.

Por último, destaco a Torre do Foix, um vestígio das fortificações do século XII. Os terraços oferecem um vasto panorama da cidade de Blois, o Vale do rio Loire e a Igreja de São Nicolau.

O castelo fica a poucos minutos da estação de trem. Aberto diariamente. Entrada a 6 euros.

Na rue Voûte du Château, ao lado do palácio, tem um Centro de Informações Turísticas, onde você pode conseguir um mapa da cidade.

Caso queira algo mais fácil, há o Chateaux Excursions, com passeios saindo da estação de trem em Tours, a partir das 9h30 e das 13h45, com duração de 3h30/4h, percorrendo 2 ou 3 fortalezas. Oferece trajetos para o dia inteiro também, das 9h30 às 18h45, incluindo almoço. Os preços, dependendo do pacote, variam de 18 a 49 euros.

Alugar um carro é o ideal, se você tiver tempo, para percorrer a região e conhecer todos os castelos.

Por volta das 11h, voltamos para Tours para pegarmos nossas malas no hotel e o trem para Paris (3h de viagem). São diversos horários, praticamente a cada 1 hora, das 5h32 às 19h11, de segunda a sexta (no sábado, o último sai às 18h42). No domingo, não há trens para Paris. Lembrete: os horários são sempre sujeitos a mudanças, portanto, peça um “timetable” no guichê de atendimento.

De Tours, o trem para na Estação Paris Austerlitz. Como de lá não partem trens para o aeroporto, tivemos que ir para a estação Gare du Nord e, então, seguimos no Trem RER ao aeroporto Charles de Gaulle. Nosso voo para Rio-Brasília saía às 19h50, em 03 de novembro. Chegamos em casa às 10h30, no dia seguinte.

Fim de viagem.

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Rennes (Mont Saint-Michel) - França

sábado, 31 de outubro de 2009


Rennes recebe muitos turistas devido à proximidade do Mont Saint-Michel ou Abadia Saint-Michel (60 km), o segundo ponto turístico mais visitado da França, perdendo apenas para a Torre Eifel.

Já saindo da estação de trem (chegamos às 22h20, do dia 31/10, vindo de Paris), você vários hotéis. Nós ficamos em um mais afastado, Hôtel Mercure Place de Bretagne (rue Lanjuinais). Fizemos a reserva de Paris, na estação, ao reservamos nossos lugares no trem. É comum os atendentes nos guichês já oferecerem hotéis nas cidades próximas. Aceitamos porque ele nos garantiu que o hotel ficava perto da estação. Infelizmente, tivemos que caminhar muitas quadras até chegar nele. Pagamos pela diária 62 euros, mais uma taxa de turismo de 1,70 euros (cobrada na saída), sem café da manhã. Há outro Mercure, mais próximo, na Rue du Capitaine Maignan, depois da Biblioteca Central, que é um prédio moderno bastante impressionante.

No dia seguinte (1º/11), pegamos um táxi para o Mont St-Michel (o taxista estava na estação de trem, ao lado da estação de ônibus). Era um domingo e o primeiro ônibus só sairia às 11h30. Não poderíamos esperar, já que tínhamos que ir e voltar no mesmo dia. Pagamos 50 euros pela viagem. Em 45 minutos, estávamos lá. De segunda a sábado, o ônibus sai de Rennes às 9h30. Nos demais dias, às 11h30, 12h45 e 16h40. A viagem leva 1h20 e custa 12 euros.

Pode-se ficar também na cidade de Portonson, a apenas 12 km de St. Michel. Há ônibus frequentes para lá. No nosso caso, ficamos em Paris porque não há trens até Pontorson, somente ônibus que fazem o percurso em 3h30.


Em Portonson, os hotéis são mais baratos que em St. Michel. Há o Coordonnées Auberge (21, rue du Genéral Patton), a 11/12 euros por pessoa (sócio/não sócio); o Best Western Hôtel Montgomery (13, Rue Couesnon); e o Logis Ariane (50, Bd Clémenceau). Reserva: www.booking.com.

O que a torna tão especial, diferente de qualquer outro lugar, completamente fascinante, além de ter sido construída no século X na parte mais alta de uma cidadela medieval (numa rocha de puro granito de 84 m de altura), é a sua localidade, de importância não apenas religiosa ou arquitetônica como também estratégica. Conta-se que no século XII, durante a Guerra dos 100 anos, entre França e Inglaterra, 119 cavaleiros franceses se instalaram ali e não permitiram que os ingleses tomassem o monte. Acontecimento que contribuiu para tornar o Mont St. Michel um dos mais fortes símbolos da história e identidade francesas.

O local é uma ilhota (800 m de diâmetro) cercada de areia movediça; uma espécie de monumento-ilha, cuja visitação depende da boa vontade das marés, consideradas as mais rápidas do mundo. Conforme a época do ano e as fases da lua, a cidadela e sua abadia medieval podem situar-se no meio de um areal sem fim, a 10 km de distância do mar, ou, completamente envolvidas pelas águas, virando uma ilha, ligada ao continente somente por uma estradinha que impede o total isolamento durante as marés cheias.


Hoje, há inúmeros hotéis e restaurantes ao seu redor. O Hotel La Mère Poulard (também restaurante) é um deles, bem na entrada da cidade. Reserva: www.merepoulard.com ou hotel@merepoulard.com. Não sabemos o valor da diária. Paramos lá somente para deixar nossas bagagens na recepção, enquanto entrávamos na abadia. Importante: se estiver hospedado em Rennes ou em Portonson, de preferência, deixe sua bagagem no hotel, pois em St. Michel não há lockers. A única maneira é entrar em algum hotel com “cara de pau” e perguntar se há um lugar para guardar as malas. Nós viemos com nossas malas, pois dali já seguiríamos para outra cidade, Tours. Outra opção de hospedagem é o Hotel Du Guesclin. Foi onde almoçamos. Na maioria dos hotéis, há restaurante. Foi o mais barato que encontramos, 11,50 euros por prato (salada como entrada e spaghetti ao molho branco como prato principal). Geralmente, os pratos custam de 28 euros para cima.

Aos domingos, a entrada na abadia é gratuita. Há 4 museus pequenos no local, com entrada combinada a 18 euros, ou 8 euros para cada um. Optamos apenas pelo Museu Histórico. Todavia, não vale a pena. A abadia e a visão que se tem lá de cima são suficientes na visita. No centro de informações, também guichê, você ganha um mapinha da abadia.

Para subir e descer é o mesmo caminho.

As razões que levaram à sua construção numa posição de tão difícil acesso não são bem conhecidas, tendo sido provavelmente uma mistura de motivos religiosos, políticos e militares, com maior ou menor predominância de alguns sobre outros, de acordo com a época. Iniciando no ano 709, quando surgiu a primeira igrejinha sobre o rochedo, obras diversas foram contribuindo para que, ao longo dos séculos, o local assumisse a forma que possui em nossos dias.


O nome – Mont St. Michel – foi escolhido porque naquele ano o arcanjo São Miguel teria feito uma aparição para o bispo da cidade de Avranches, determinando que fosse construída, no topo daquele rochedo isolado à beira-mar, uma capela para honrar o Senhor. A tarefa difícil seria uma prova de fé e representaria, também, uma proteção espiritual para todos.


A tarefa foi cumprida, a capela foi erguida, e no topo da mesma foi colocada uma imagem do arcanjo São Miguel. O mosteiro passou então a abrigar religiosos, sendo que com o tempo nas encostas do morro surgiram outras construções, residências e estabelecimentos comerciais. Posteriormente foram erguidas muralhas e torres fortificadas, destinadas a manter afastados invasores, em especial os ingleses.


No alto da torre da abadia do Mont St. Michel, na pontinha da agulha, há uma escultura de São Miguel, em metal dourado, situada 170 m acima do nível do solo.

Ao atravessar o portão de acesso na parte interior das muralhas os visitantes seguem por uma simpática e estreita ruela medieval, com algumas escadas, repleta de lojinhas oferecendo tudo o que se possa imaginar sobre a atração turística, com a imagem gravada ou com o formato do monte. São pratinhos, porcelanas, chaveiros, ímãs, guardanapos, calendários, camisetas, pôsteres, postais, vinhos, biscoitos, doces, chocolates, publicações, DVD’s.



Depois de atravessar uns 200 m de comércio, começa a subida ao monte. Neste percurso estão alguns hotéis (sempre lotados), creperias e restaurantes. Mais adiante, atravessando uma imponente porta de madeira, chega-se à área religiosa do monte, onde uma escadaria conduz até a plataforma superior que dá acesso à basílica.


A abadia é imensa, percorrem-se salões, arcadas, colunatas, câmaras escuras, rampas, jardins internos, o refeitório dos monges e outros ambientes, todos em pedra, que nos fazem regressar no tempo.

Os trechos fortificados de Mont St Michel são igualmente impressionantes. Destacam-se as grandes torres (Tour Claudine, Tour du Nord, Tour de la Liberté, Tour de l’Arcade, Tour du Roi e Tour Boucle), que margeiam as muralhas da cidadela e o trajeto de ronda, contornando a cidadela e oferecendo visuais magníficos. Prepare-se para o frio e o vento no alto. Infelizmente, chovia muito no dia, o que nos impediu de tirar aquela foto de cartão-postal.


Um dos locais mais belos da abadia é seu claustro, situado num dos planos mais elevados, acessado logo após um pátio interno, na saída da abadia. Para percorrer os ambientes internos, duas horas bastam.


Às 14h30, já tendo descido as escadarias e almoçado, pegamos o ônibus para Rennes, que sai da porta de entrada do monte. De St. Michel para Rennes, os horários de ônibus são os seguintes: 9h30, 11h10, 14h30, 16h10 e 17h25, diariamente. De qualquer forma, é sempre bom checar antes (os horários podem mudar conforme a época) e obter o “timetable” na estação de Rennes, antes de seguir para a abadia.

De Rennes, seguimos para Tours, cidade no Vale do Loire, onde estão os mais lindos castelos da França. Era o dia 1º de novembro. Saímos às 17h10 e chegamos às 20h24. Há baldeação na estação de trem Le Mans.

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Paris - França

sexta-feira, 30 de outubro de 2009


Chegamos tarde em Paris, vindo de Bruges (Bélgica). Da Gare du Nord (estação), fomos direto para o Hotel Ibis (rue Lafayette), a poucas quadras da estação, saindo à esquerda. Passando o viaduto, já se avista o hotel. Em Paris, é sempre aconselhável fazer a reserva antes. Diária, sem café da manhã, a 89 euros. Pelo café, paga-se 9 euros.


Em 2008, estivemos por lá. A cidade é maravilhosa. Desta vez, ficamos apenas um dia. Começamos pela Basilique de St. Denis. De arquitetura gótica, foi construída sobre a sepultura de Saint Denis, martirizado pelos romanos nos século III, tendo sido um lugar de peregrinação. Pegamos um metrô até a estação St. Denis e, depois, um trem até a Basílica, descendo na estação de mesmo nome. É bonita e antiga, mas depois da Notre-Dame é difícil se impressionar.


Depois pegamos o metrô até a estação Porte Dauphine (pode-se descer também em Porte Maillot) para conhecer o Bois de Boulogne, o maior bosque de Paris, com quase 9 km². Dentro dele há vários parques, destacando-se o Bagatelle e sua vila do século XVIII, com um jardim e pequenos prédios ao estilo Belle-Époque (cultura cosmopolita iniciada na Europa no século XIX, inspirada no clima intelectual e artístico da época). No local, há até um café para admirar o local. Para chegar até o Bagatelle, além do metrô, tem que pegar um ônibus que passa de 30 em 30 minutos, na avenida que circunda o bosque (horários diferentes nos dias de semana e no final de semana).


O próximo local visitado foi o Quartier Latin (estação St. Michel), um dos bairros mais charmosos de Paris. São inúmeros cafés e livrarias, restaurantes e hotéis. O local foi cenário de históricas revoltas estudantis de 1968. Fica à margem esquerda do rio Sena, próximo à Catedral de Notre Dame. Uma dica de hospedagem no bairro é o Hôtel du Levant (18, rue de La Harpe). Diária para casal, com TV, frigobar, secador de cabelos e café da manhã, a 145 euros. Reserva: www.hoteldulevant.com ou hlevant@club-internet.fr


Nas proximidades, está a Universidade de Sorbonne (nome dado em homenagem ao fundador, Robert de Sorbon). Fomos até lá dar uma espiada. O prédio é imenso e ocupa todo um quarteirão.


Em frente, o Musée Cluny (Museu Nacional da Idade Média), instalado em dois edifícios históricos belíssimos: as Termas Galo-Romanas (séculos I-III d.C.) e a ala residencial dos monges de Cluny (século XV), chamada de Hôtel de Cluny. Sua coleção vem sendo reunida desde a formação do núcleo original de peças pertencentes ao colecionador Alexandre du Sommerard, que por algum tempo residiu no local. Desde sua fundação como museu em 1843 a coleção vem sendo ampliada, e hoje é capaz de formar um panorama abrangente de arte e história desde a Gália Romana até o século XVI.


Continuando nossa caminhada ao lado do rio Sena e visitamos o Conciergerie, com entrada principal na Boulevard du Palais. Metrô Cité, seguindo rumo à Notre-Dame. O prédio, construído no século XIV como palácio real para residência dos reis da França, logo foi adaptado para uma prisão, com auge durante o “Reinado do Terror” (1793094), quando milhares de prisioneiros aguardavam a decapitação na guilhotina, entre eles a rainha Marie-Antoniette, Robespierre e Danton (advogados e políticos franceses, com grande influência na Revolução Francesa). Manteve-se como presídio até 1914. Suas salas medievais constituem-se em: refeitório, capela do rei, sala dos guardas, corredor dos prisioneiros, a cela de Maria Antonieta e dos demais prisioneiros, sala de tortura, entre outros. Aberto diariamente, das 9h30 às 18h (9h-17h, out/mar). Entrada a 8,50/4,50 euros (menores de 25 anos).

Entre a Conciergerie e a Notre-Dame, está a Sainte-Chapelle. Obra de Luís IX de 1248, a capela é belíssima com seus 15 vitrais que retratam as passagens da Bíblia. Combinada com a entrada no Conciergerie, sai a 9 euros. Só para a Capela, paga-se 6,10/4,10 euros (menores de 25 anos).


Atrás do Conciergerie está o belo e imponente Palácio da Justiça, que abriga as principais instituições jurídicas francesas. Em seu pátio, estacionavam as carroças dos condenados à morte durante o Reinado do Terror. Durante a Revolução, o Palácio de Justiça foi sede do Tribunal Revolucionário de 06 de abril de 1793 até 31 de maio de 1795. O Tribunal Revolucionário foi uma corte que foi instituída em Paris pela Convenção Nacional durante a Revolução Francesa para o julgamento de políticos infratores, e se tornou um dos mais potentes motores do terror.


Seguimos adiante e fomos ao imperdível Musée D’Orsay (Metrô Solferino). Criado onde era uma antiga estação de trem, hoje é um dos melhores museus de arte da Europa, com um conjunto de belas artes do período de 1848 a 1914, distribuído em 3 níveis. As obras incluem pinturas, esculturas e artes decorativas. Há, ainda, exibição de artes gráficas e fotografias. Depois da bilheteria, na recepção, você pode obter o guia do museu em várias línguas, até em português. Entrada a 9,50/6,50 euros (menores de 30 anos e para todos após às 16h15; quintas, após às 20h). Grátis no primeiro domingo do mês.


Para finalizar o dia, fomos conhecer as famosas Galeries Lafayette (Boulevard Haussmann). Acesso pelo metrô Chaussée d’Antin La Fayette, cuja saída cai direto na galeria. Trata-se da loja de departamentos mais turística da França. São 14.000 m², distribuídos em 9 andares, sendo 3 só de roupas. Nos demais níveis, perfumes, bijouterias, acessórios, lingerie, sapatos, CD’, DVD’, livros, malas, souvenirs. Enfim, têm o melhor da moda, com mais de 260 marcas, do mais luxuoso ao mais barato e para todos os gostos. A história do empreendimento é incrível: em 1893 Théophile Bader e seu primo Alphonse Kahn abriram uma loja na esquina da rue La Fayette e da Chaussée d'Antin. Em 1896, a empresa havia crescido e compraram todo o prédio n° 1 da rue La Fayette. No ano de 1905 os prédios n° 38, 40 e 42 da Boulevard Haussmann e n° 15 da rue de la Chaussée d'Antin também foram adquiridos e incorporados à loja. E, assim, por diante. Mesmo que você não queira gastar, só a decoração e a estrutura do empreendimento já vale a visita.


Para circular na cidade compramos um tíquete de metrô, válido para o dia todo, por 8 euros. Também é importante lembrar de validar os tíquetes antes de começar a usá-los. Há máquinas espalhadas por todas as estações onde se pode fazer isso, o que vale para todos os países da Europa. Até nós, que estávamos como Eurail Pass (válido por 15 dias consecutivos), tínhamos que validá-lo para subir no trem ou metrô.


No dia 31 de outubro, às 20h05, partimos de trem para Rennes, uma das cidades próximas ao Mont St-Michel. Chegamos às 22h20. Atenção: para Rennes, é preciso pegar o trem na Estação Montparnasse. Nós estávamos hospedados próximos à Gare du Nord. Então, para evitar atrasos, saia com antecedência para que possa chegar à estação certa. E prepare-se para subir algumas escadas, já que as estações são grandes e, em alguns trechos, não há escadas rolantes.

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Gent - Bélgica


Impossível não visitá-la, já que se encontra somente a 20 minutos de Bruges.

Cidade universitária com 250 mil habitantes, dos quais 45 mil são estudantes (já percebemos isso ao chegar na estação), também é cercada por canais e possui traços medievais, apesar de bem menos expressivos que em Bruges.

Deixamos as bagagens nos lockers (4 euros pelas nossas 3 mochilas, em um locker grande, pagamento com cartão de crédito) da Estação de Trem St. Pieters. Até o centro, seriam uns 25-30 minutos caminhando. Como estávamos com pressa, pegamos um trem (do lado esquerdo da estação de trem). Pode ser os de número 1, 10 ou 11. O tíquete, válido por 1 hora (1,20 euros), deve ser comprado em uma máquina automática amarela, também à esquerda da estação. O bilhete de 24 horas custa 3 euros. Os trajetos são distinguidos por zonas percorridas. O que cobre a zona 1-2 serve para chegar aos principais pontos turísticos. Esta opção aparece na tela da máquina. Basta clicar.

Seu ponto de referência é a Torre do Relógio (Belfort), localizada em uma praça no centro da cidade, erigida no século XIV. Aberta de mar/nov, 10h-18h. Entrada a 3/2,50 euros (estudante).

Ao lado está a Prefeitura, construção do século XV, estilo gótico. Em seguida, surge a Sint-Niklaaskerk (Igreja de St. Nicolau) do mesmo período e estilo; e a Igreja de St. Jacob, em estilo romanesco.

A Sint-Baafskathedraal (St. Bavos Cathedral) é bela e combina os estilos romanesco e gótico. Seu púlpito é de 1741 e o órgão, de 1653. A cripta contém tumbas dos séculos XV e XVI. Outra atração no local são as pinturas de Jan Van Dyck (retratista flamengo que se tornou o principal pintor da corte real de Carlos I da Inglaterra). Aberta das 8h30 às 18h (no inverno, até às 17h; e domingos, abre às 13h). A visitação é gratuita.

Ao redor da catedral, estão as ruas de pedestres e do comércio em geral. O Centro de Informações Turísticas fica na 17 A, Botermarkt, ao lado da prefeitura, no porão da Belfry Tower.

Para fazer compras há o Mercado das Pulgas, na frente da Igreja St. Jacob (sex/dom, 7h-13h); o Mercado do Artesanato, no Groenten-markt (sáb/dom, 10h-18h); e o Mercado de Flores, na rua Kouter (diariamente, 7h-13h).

Fora da área central, está o Rabot, estrutura do século XV que protegia a entrada da cidade, no canal Lieve. E na Raboorstraat estão as Casas das Beatas de Santa Elizabeth, um estilo de convento típico da Bélgica, assim como o que há em Bruges.

Outra atração é o Het Gravensteen (The Castle of the Counts ou Castelo dos Condes). Tem esse nome porque foi habitação dos condes de Flandres. O belíssimo castelo medieval foi erguido em 1180 para fins militares. No local, há um museu com aparelhos de tortura e até uma guilhotina da época em que funcionava como prisão. Vale a visita também pela vista da cidade que se tem de lá. Situado na Sint-Veerleplein. Aberto das 9h às 17h (18h no verão). Acesso a 6/1,20 euros (menores de 25 anos).

Graslei é um dos canais da cidade, rodeado de casas construídas nos séculos XVII e XVIII, onde moravam os barqueiros e comerciantes. Entre as construções, há até um celeiro do século XII.

Pena que a cidade estivesse quase toda em obras (ruas e alguns monumentos), o que prejudicou um pouco nossas fotos.

No mesmo dia (30 de outubro), por volta das 17h, regressamos à estação e pegamos um trem para Bruxelas e, de lá, para Paris.

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Bruges - Bélgica

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Passamos rapidamente pela estação de trem (Gare Central) de Bruxelas, aliás, belíssima. Parece um aeroporto, imensa e muito limpa. Até ali, foram 3 horas de viagem vindo de Amsterdã. Para Bruges, mais 1 hora. Como saímos de Amsterdã às 16h30, chegamos em Bruges à noite.

A 97 km da capital Bruxelas, Bruges é a cidade mais linda da Bélgica. Seu pequeno centro, do século XIII, continua praticamente intacto, com construções originais. Suas ruas estreitas de arquitetura medieval estão entre as mais preservadas da Europa. As casinhas quase dentro dos canais completam o cenário romântico, que é bem propício aos casais. Prepare-se para esbarrar com turistas o tempo todo, afinal tanta beleza precisa ser apreciada.

As ruas Steenstraat e Dijver, paralelas uma a outra, são as que concentram a maior parte das atrações turísticas.

Bruges tem o formato circular, atravessada e circundada por diversos canais. Market Square (Praça Market) é o ponto de partida para uma caminhada pela cidade. É a praça central, onde destaca-se o Campanário Belfry (Belfry significa “torre do sino”) . Marco da cidade desde o século XII, é uma torre com um carrilhão de 47 sinos que tocam 27 sons diferentes. Faz parte do conjunto de 56 torres semelhantes existente na região dos Flandres (norte da França, Bélgica e parte da Holanda), tombado pela UNESCO como Patrimônio Histórico da Humanidade. Para subir os 366 degraus (são 83 m de altura) paga-se 5/4 euros (estudante). Abre diariamente, das 9h30 às 17h. Ainda no prédio do campanário, o Bruggemuseum (Museu da Cidade). Aberto das 9h30 às 17h. Ingresso a 8/6 euros (estudante).

Nesta praça, há inúmeros cafés, um mais charmoso que o outro. Prepare-se para gastar. Ali, tudo é caro, começando por um simples café expresso.

Logo em seguida, está a Praça Burg. Destaque para a Heilig Bloed Basílica (Basílica do Sangue Sagrado), famosa por ter um vaso de cristal contendo, supostamente, gotas coaguladas do sangue de Cristo, trazidas da Alsácia em 1150. O recipiente, no entanto, nunca foi aberto. Fica ao lado da Prefeitura e sua entrada é feita pela Steeghere, uma fachada de onde sobe uma bonita escada, porque a capela fica no segundo andar. Aberta abr/set, das 9h30 às 12h e das 14h às 18h; out/mar, das 10h às 12h e das 14h às 16h. Entrada gratuita. Não se paga para visitar a igreja e sim a relíquia que ela abriga.

Na mesma praça, ao lado da Basílica, está a Stadhuis (Town Hall ou Prefeitura). Erguido entre 1376 e 1420, está entre os prédios mais antigos da Bélgica. Expõe pinturas e mobília típica referentes à história da cidade. No primeiro andar, a sala gótica com esculturas da Baixa Idade Média. Infelizmente, é proibido fotografar. Aberta das 9h30 às 17h. Entrada a 2,50/1,50 euros (estudante).

Hospedamo-nos no Bauhaus International (135, Langestraat). Fica um pouco distante da estação. Melhor pegar um ônibus, ao lado da estação de trem, saindo à esquerda. Os de número 3 e 13 param na Markt. Dali, caminha-se algumas quadras para baixo, atravessando também a praça Burg. Diária para casal, incluindo café da manhã bem básico (servido no prédio ao lado, que é um restaurante do hotel), a 50 euros. O quarto, com banheiro privativo, é amplo e limpo. Ao lado do hotel, há o albergue, com preços mais baixos. O atendimento não é bom. Reserva: www.bauhaus.be. No caminho, há outro albergue e, também, alguns hotéis antes deste, como o Hotel Ter Reien (Langestraat 1, Centrum, 8000); e o Pand Hotel (Pandreitje 16, Centrum, 8000). Reserva: www.booking.com.

A cidade também oferece vários museus. O Groeninge Museum é o principal museu de belas artes de Bruges, com pinturas holandesas e belgas do século XV ao XX e arte flamenga do primitivo (estilo do norte da Bélgica, que no século XV era Holanda) ao contemporâneo. Abre das 9h30 às 17h. Entrada a 8/6 euros (estudante).

Próximo à Onze Lieve Vrouwekerk (Igreja de Nossa Senhora), que tem a sacada particular da família Gruuthuse, está o Gruuthuse Museum. A igreja é medieval, típica da região dos Flandres e possui a segunda maior torre de igreja da Bélgica, com 122 metros. De longe, é a torre mais alta da cidade, que pode ser vista de longe. O acesso à igreja é gratuito, porém paga-se para ver o museu, atrás do coro (1,50 euros). Ali é possível ver os túmulos dos primeiros reis da região (os Duques de Burgundy) e, principalmente, a Madonna de Michelangelo – a única peça do artista existente nos Flandres. Vale a pena.

O museu tem esculturas em madeira, tapeçarias, objetos de porcelana e cerâmica e armas. Era a casa de um mercador monopolista de trigo e cevada (matérias-primas para a indústria da cerveja) da região. Por ser monopolista de um artigo tão popular, foi grande o seu grau de riqueza e a importância na região à época. Por isso, sua casa foi transformada em museu e é um espetáculo, tanto pela arquitetura quanto pelo acervo cultural que ele reuniu. Além disso, é o museu arqueológico da cidade, desde 1898. A influência da família era tanta, que aproveitando que a casa era geminada com a igreja, construíram uma sacada particular para o interior da igreja; assim, assistiriam às missas sem precisar sair de casa.

Outros museus são: Bruges Brouwerij Mouterijmuseum (contém documentos e objetos que contam a história secular da produção de cerveja na cidade); e Museum voor Volkskunde (museu folclórico na parte nordeste de Bruges). Há, ainda, o Friet Museum (Museu da Batata Frita). Inaugurado em 2008, mostra a história da batata, desde a origem até a sua popularização em versão frita na Europa. Abre todos os dias, das 10h às 17h. Entrada a 6 euros. Fica na 33, Vlamingstraat. E, junto ao anterior, o Choco-Story – The Chocolate Museum, em um prédio do século XV, onde conta-se a história desta delícia. Em uma das salas, um belga ensina os truques para a preparação de um bom chocolate. Entrada a 6 euros, com direito a uma degustação básica.

A cervejaria Halve Maan, que funciona desde 1856, é também um restaurante e um museu da cerveja. O auge da cidade foi no ano de 1441, quando chegou a ter 54 cervejarias, porém com o passar do tempo e o surgimento do estilo Pilsen na República Tcheca, diversas cervejarias foram fechadas.

Em 1564 havia registros da existência da cervejaria “Die Maene” (A lua), na rua Walplein. Em 1856, Leon Maes, também conhecido como Henri I, torna-se dono da propriedade. A cervejaria produziu a famosa Brugse Straffe Hendrik e, em 1988, a marca e a receita foram vendidas a Liefmans, porém em 2008 Xavier conseguiu de volta os direitos da marca e voltou a produzi-la em Bruges. A cervejaria havia ficado fechada de 1980 a 2005; no local existiam diversos artefatos cervejeiros como copos, equipamentos, garrafas e ficou funcionando como museu até 2005. Durante dois anos Bruges não teve nenhuma cervejaria em funcionamento, até que em 2005, após seis gerações, Xavier Vanneste assumiu o controle dos negócios e lançou a cerveja Brugse Zot, hoje a única cervejaria em Bruges e ganhadora de vários prêmios internacionais.

Logo na entrada na fábrica já se vê o terraço. À direita, uma galeria de arte com diversos quadros da cidade e, subindo as escadas, chega-se ao pub principal onde estão as choperias.

A visita, que acontece de hora em hora, acontece na parte antiga da cervejaria, a 5,50 euros, com um chopp Brugse Zot incluído. Há demonstração dos antigos e tradicionais métodos e equipamentos para fabricação da cerveja, dos ingredientes, histórias e curiosidades. Situada na Walplein, 26. Para chegar a pé, logo após sair da estação de trem siga pela rua Oostmeers, virando na segunda à direita (Zonnekemmers) e, logo à frente, a Praça Walplein.

Já mais para o lado da estação encontra-se a Catedral de São Salvador, igreja protestante, em estilo neogótico, modificada pelas várias reformas ao longo dos séculos. Passou a ser a catedral em 1830, quando os franceses invadiram a cidade e demoliram a catedral de São Donato. Possui bonitas obras de arte e sua torre de 99 metros é imponente. A base da torre icônica foi a única seção que sobreviveu intacta da Idade Média; outras partes foram perdidas em incêndios e pela erosão dos tempos. A estrutura resultante tem uma seção antiga neogótica e uma torre nova, construída com design romanesco. O telhado pontiagudo que está no topo da torre foi adicionado sem o consentimento do arquiteto, porque a comissão real decidiu que, sem ela, a torre pareceria muito plana. As tapeçarias que cobrem as paredes da entrada são tesouros belgas feitos por Jasper vander Borcht no início do século XVIII. Os modelos das pinturas usados para as tapeçarias também se encontram na Catedral, assim como as esculturas e monumentos aos falecidos.

Mais próximo ainda da estação está a Begijnhof (Casas das Beatas), pequeno conjunto de casas, construído no século XIII em volta de um jardim/pátio onde há um poço e uma igreja, para acolher viúvas ou anciãos. Hoje é habitado por freiras da Ordem de San Benito. É permitido entrar no pátio. Visita gratuita.

Do lado oposto à maioria dos pontos turísticos, na verdade, saindo do nosso hotel e seguindo à esquerda pela rua Langestraat, avista-se um portal. À sua esquerda, vários moinhos de vento, à beira de outro canal. O local chama-se Sint Janshuis’ Mill. É bom passar lá depois das 10 horas, quando o tempo já se abriu mais para tirar belas fotos.

Outra atração é o Sant John’s Hospital: a construção não é mais um hospital, que foi desativado em 1978, depois de quase oito séculos de funcionamento ininterrupto (790 anos). Atualmente, o prédio abriga o Memling’s Museum (Museu do Hospital) e uma antiga farmácia. Uma visita enriquecedora e breve, bastante interessante para se entender o que era um hospital medieval.

Um mapa sempre ajuda, principalmente quando o turismo é feito a pé. Obtenha-o nas estações ou no seu hotel.

Muitos casais fazem passeios de barco pelos charmosíssimos canais de Bruges. São vários pontos espalhados pelos canais da cidade. Sai a 5 euros por 30 minutos.

Nos arredores de Bruges, há a cidadezinha medieval de Damme. O trajeto até lá é fácil. Saia pela porta de acesso Dampnort e siga pelo lado direito do canal. Você pode ir de bicicleta (1h-1h30). Na paisagem, canais, moinhos, casinhas típicas e muita área verde. O lugar é bem tranquilo. Estando cansado, pode voltar de barco (as bikes são permitidas). A bicicleta pode ser alugada no Eric Popelier (na Mariastraat 26), a 3,50 euros por 1h.

Após o almoço, no dia 30 de outubro, seguimos para Gent, outra cidade medieval na Bélgica, a apenas 20 minutos de Bruges.

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