Paris - França

sexta-feira, 30 de outubro de 2009


Chegamos tarde em Paris, vindo de Bruges (Bélgica). Da Gare du Nord (estação), fomos direto para o Hotel Ibis (rue Lafayette), a poucas quadras da estação, saindo à esquerda. Passando o viaduto, já se avista o hotel. Em Paris, é sempre aconselhável fazer a reserva antes. Diária, sem café da manhã, a 89 euros. Pelo café, paga-se 9 euros.


Em 2008, estivemos por lá. A cidade é maravilhosa. Desta vez, ficamos apenas um dia. Começamos pela Basilique de St. Denis. De arquitetura gótica, foi construída sobre a sepultura de Saint Denis, martirizado pelos romanos nos século III, tendo sido um lugar de peregrinação. Pegamos um metrô até a estação St. Denis e, depois, um trem até a Basílica, descendo na estação de mesmo nome. É bonita e antiga, mas depois da Notre-Dame é difícil se impressionar.


Depois pegamos o metrô até a estação Porte Dauphine (pode-se descer também em Porte Maillot) para conhecer o Bois de Boulogne, o maior bosque de Paris, com quase 9 km². Dentro dele há vários parques, destacando-se o Bagatelle e sua vila do século XVIII, com um jardim e pequenos prédios ao estilo Belle-Époque (cultura cosmopolita iniciada na Europa no século XIX, inspirada no clima intelectual e artístico da época). No local, há até um café para admirar o local. Para chegar até o Bagatelle, além do metrô, tem que pegar um ônibus que passa de 30 em 30 minutos, na avenida que circunda o bosque (horários diferentes nos dias de semana e no final de semana).


O próximo local visitado foi o Quartier Latin (estação St. Michel), um dos bairros mais charmosos de Paris. São inúmeros cafés e livrarias, restaurantes e hotéis. O local foi cenário de históricas revoltas estudantis de 1968. Fica à margem esquerda do rio Sena, próximo à Catedral de Notre Dame. Uma dica de hospedagem no bairro é o Hôtel du Levant (18, rue de La Harpe). Diária para casal, com TV, frigobar, secador de cabelos e café da manhã, a 145 euros. Reserva: www.hoteldulevant.com ou hlevant@club-internet.fr


Nas proximidades, está a Universidade de Sorbonne (nome dado em homenagem ao fundador, Robert de Sorbon). Fomos até lá dar uma espiada. O prédio é imenso e ocupa todo um quarteirão.


Em frente, o Musée Cluny (Museu Nacional da Idade Média), instalado em dois edifícios históricos belíssimos: as Termas Galo-Romanas (séculos I-III d.C.) e a ala residencial dos monges de Cluny (século XV), chamada de Hôtel de Cluny. Sua coleção vem sendo reunida desde a formação do núcleo original de peças pertencentes ao colecionador Alexandre du Sommerard, que por algum tempo residiu no local. Desde sua fundação como museu em 1843 a coleção vem sendo ampliada, e hoje é capaz de formar um panorama abrangente de arte e história desde a Gália Romana até o século XVI.


Continuando nossa caminhada ao lado do rio Sena e visitamos o Conciergerie, com entrada principal na Boulevard du Palais. Metrô Cité, seguindo rumo à Notre-Dame. O prédio, construído no século XIV como palácio real para residência dos reis da França, logo foi adaptado para uma prisão, com auge durante o “Reinado do Terror” (1793094), quando milhares de prisioneiros aguardavam a decapitação na guilhotina, entre eles a rainha Marie-Antoniette, Robespierre e Danton (advogados e políticos franceses, com grande influência na Revolução Francesa). Manteve-se como presídio até 1914. Suas salas medievais constituem-se em: refeitório, capela do rei, sala dos guardas, corredor dos prisioneiros, a cela de Maria Antonieta e dos demais prisioneiros, sala de tortura, entre outros. Aberto diariamente, das 9h30 às 18h (9h-17h, out/mar). Entrada a 8,50/4,50 euros (menores de 25 anos).

Entre a Conciergerie e a Notre-Dame, está a Sainte-Chapelle. Obra de Luís IX de 1248, a capela é belíssima com seus 15 vitrais que retratam as passagens da Bíblia. Combinada com a entrada no Conciergerie, sai a 9 euros. Só para a Capela, paga-se 6,10/4,10 euros (menores de 25 anos).


Atrás do Conciergerie está o belo e imponente Palácio da Justiça, que abriga as principais instituições jurídicas francesas. Em seu pátio, estacionavam as carroças dos condenados à morte durante o Reinado do Terror. Durante a Revolução, o Palácio de Justiça foi sede do Tribunal Revolucionário de 06 de abril de 1793 até 31 de maio de 1795. O Tribunal Revolucionário foi uma corte que foi instituída em Paris pela Convenção Nacional durante a Revolução Francesa para o julgamento de políticos infratores, e se tornou um dos mais potentes motores do terror.


Seguimos adiante e fomos ao imperdível Musée D’Orsay (Metrô Solferino). Criado onde era uma antiga estação de trem, hoje é um dos melhores museus de arte da Europa, com um conjunto de belas artes do período de 1848 a 1914, distribuído em 3 níveis. As obras incluem pinturas, esculturas e artes decorativas. Há, ainda, exibição de artes gráficas e fotografias. Depois da bilheteria, na recepção, você pode obter o guia do museu em várias línguas, até em português. Entrada a 9,50/6,50 euros (menores de 30 anos e para todos após às 16h15; quintas, após às 20h). Grátis no primeiro domingo do mês.


Para finalizar o dia, fomos conhecer as famosas Galeries Lafayette (Boulevard Haussmann). Acesso pelo metrô Chaussée d’Antin La Fayette, cuja saída cai direto na galeria. Trata-se da loja de departamentos mais turística da França. São 14.000 m², distribuídos em 9 andares, sendo 3 só de roupas. Nos demais níveis, perfumes, bijouterias, acessórios, lingerie, sapatos, CD’, DVD’, livros, malas, souvenirs. Enfim, têm o melhor da moda, com mais de 260 marcas, do mais luxuoso ao mais barato e para todos os gostos. A história do empreendimento é incrível: em 1893 Théophile Bader e seu primo Alphonse Kahn abriram uma loja na esquina da rue La Fayette e da Chaussée d'Antin. Em 1896, a empresa havia crescido e compraram todo o prédio n° 1 da rue La Fayette. No ano de 1905 os prédios n° 38, 40 e 42 da Boulevard Haussmann e n° 15 da rue de la Chaussée d'Antin também foram adquiridos e incorporados à loja. E, assim, por diante. Mesmo que você não queira gastar, só a decoração e a estrutura do empreendimento já vale a visita.


Para circular na cidade compramos um tíquete de metrô, válido para o dia todo, por 8 euros. Também é importante lembrar de validar os tíquetes antes de começar a usá-los. Há máquinas espalhadas por todas as estações onde se pode fazer isso, o que vale para todos os países da Europa. Até nós, que estávamos como Eurail Pass (válido por 15 dias consecutivos), tínhamos que validá-lo para subir no trem ou metrô.


No dia 31 de outubro, às 20h05, partimos de trem para Rennes, uma das cidades próximas ao Mont St-Michel. Chegamos às 22h20. Atenção: para Rennes, é preciso pegar o trem na Estação Montparnasse. Nós estávamos hospedados próximos à Gare du Nord. Então, para evitar atrasos, saia com antecedência para que possa chegar à estação certa. E prepare-se para subir algumas escadas, já que as estações são grandes e, em alguns trechos, não há escadas rolantes.

Postar um comentário

Visitantes (últimos 7 dias)

Visite Blog RotaCinema

  • Capone - *País*: EUA *Ano*: 2020 *Gênero*: Biografia *Duração*: 101 min *Direção*: Josh Trank *Elenco*: Tom Hardy, Matt Dillon, Linda Cardellini e Kyle MacLachlan. ...
    Há 3 anos

Postagens populares do blog

Tags

Blog Simone, viagem barata, viagem independente, hotel barato, Europa Norte, Península Escandinávia, Noruega, Oslo, Suécia, Estocolmo, Finlândia, Helsink, Helsinki, Helsinque, Dinamarca, Copenhague, Estônia, Talim, Talin, Bélgica, Bruges, Gent, Holanda, Amsterdam, Amsterdão, Marken, Volendam, França, Saint Michel, Castelos, Vale do Loire, Simone Rodrigues Soares.







  © Blogger template On The Road by Ourblogtemplates.com 2009

Back to TOP