Oslo - Noruega
sábado, 24 de outubro de 2009
No dia 24, às 14h30, chegamos em Oslo, vindo de Bergen. Fundada em 1050, é a mais antiga das capitais da Escandinávia e também a menor delas. Não tem o charme e a beleza de Edimburgo (Escócia) e Estocolmo (Suécia), mas possui ótimos museus, que enfocam as histórias marítimas do país e a lendária cultura viking.
Tem dois aeroportos: Gardermoen (OSL), o principal, e Rygge (RYG). O primeiro fica a 45 km do centro e é acessado por ônibus (a cada 10-20min); e trem, que é mais rápido, 20 minutos até o centro. Para o outro aeroporto, há ônibus (45min-1h de viagem).
A Estação Central de Trem Oslo S fica no centro e é de onde partem e chegam os principais trens do país e da Europa. Os destinos internos principais são: Bergen (6h30-7h de viagem) e Trondheim (6h30). A estação de ônibus fica atrás, na rua Schweigaardsgate 8.
Na estação de trem, há um ponto de internet, chamado Sidewalk Express. Você compra o tíquete em uma máquina (19 kr ou 2,30 euros), que sai impresso com uma senha para acesso à internet por 1 hora. O interessante é que, além de você poder interromper e acessar outras vezes até que se gaste todo o tempo, você pode acessar com a senha uma internet em outro país, desde que do ponto da Sidewalk Express. Eu, por exemplo, voltei a utilizar em Copenhague, na Dinamarca.
Também na estação há o mercado BunnPris, uma ótima opção para fazer uma refeição mais barata. O mercado é apertadinho, mas vende de tudo. No caixa, uma máquina é que dá o troco em moedas. Antes de procurarmos um hotel, fizemos nossas compras.
Karl Johans Gate é a principal rua de pedestres e fica em frente à estação de trem.
Na primeira noite (sábado), ficamos no Rica Oslo Hotel, praticamente em frente à estação de trem (Europarådets Plass 1). É caro (diária a 1.195 kr ou 143 euros, com café da manhã), mas era final de semana, os hotéis estavam lotados e não tínhamos feito reserva. Reserva: rica.oslo.hotel@rica.no ou www.rica.no.
Na segunda noite (domingo), nos mudamos para o Oslo Budget Hotel (Prinsens Gate 6, Sentrum – bem na esquina da rua), também próximo à estação de trem, apenas três quadras mais abaixo. Diária a 590 kr ou 71 euros (sem banheiro privativo); 750 kr ou 90 euros (com banheiro), ambos sem café da manhã. Reserva: oslo@budgethotel.no ou www.budgethotel.no.
Oslo tem 5 linhas de metrô, oito de trem (superficial) e muitas linhas de ônibus. O tíquete simples, válido por 1h, custa 22 kr ou 2,64 euros (coroa norueguesa), se comprado antecipadamente, e 30 kr ou 3,60 euros se comprado com o motorista.
O tíquete de 24 h custa 60 kr ou 7,20 euros e o de uma semana, 210 kr ou 25 euros. Podem ser comprados nos trens, ônibus e máquinas automáticas.
Partindo da rua principal de pedestres (Karl Johans Gate), pode-se chegar a pé aos pontos turísticos, que estão em sequencia. No caminho, encontrará várias esculturas, marca registrada na cidade.
Primeiro, vem a Oslo Domkirke (Catedral), igreja luterana do século XVII, com pinturas no teto de 1936. É a terceira catedral erguida na cidade.
A primeira, a Catedral de Hallvards, foi construída por Sigurd I da Noruega, na primeira metade do século XII, e estava localizada 1,5 km a oeste da catedral atual. Por quase quinhentos anos, a Catedral de Hallvards foi a igreja mais importante da cidade. Em 1624, Cristiano IV decidiu mover a cidade alguns quilômetros a oeste, para ser protegida pela Fortaleza de Akershus. Depois disso, ela caiu em ruínas. Em 1639, a segunda catedral foi erguida (Hellig Trefoldighet). Cinqüenta anos depois, um incêndio destruiu a catedral. Logo em seguida, foi construída a terceira: a Oslo Domkirke.
Depois, surge o Parlamento, construído entre 1861 e 1866, ladeado pela Universidade de Oslo e pelo Teatro Nacional. A universidade é a mais antiga e de maior prestigio da Noruega. Fundada com o nome de The Royal Frederick University em 1811, recebeu o nome atual em 1939. Seu salão cerimonial, decorado com pinturas enormes de Edvard Munch (pintor norueguês) é usado freqüentemente para concertos e outras cerimônias de solenes.
Em frente à universidade, está o Nasjonalgalleriet (Galeria Nacional), uma das mais destacadas galerias da Europa, contendo a maior coleção de arte do país. Abre ter/qua/sex, das 10h às 18h; quinta, das 10h às 19h; e sáb/dom, das 11h às 17h. Fecha às segundas. Entrada gratuita.
Ao lado da Galeria Nacional, o Historisk Museum (Fredericks Gate 2), com exibição de antiguidades e da história norueguesa desde a Idade da Pedra até a Idade Média; culturas não européias, como os Ianomâmis (índios brasileiros); e moedas norueguesas dos últimos mil anos. Aberto ter/dom, das 10h às 17h (11h-16h na baixa temporada). Acesso gratuito.
Seguindo adiante, avista-se o parque do Royal Palace, um dos edifícios mais importantes do país, concluído em 1849. Ainda é lá que a monarquia norueguesa mora e onde as audiências e eventos oficiais são promovidos. No inverno, não é permitida a entrada no palácio.
Outras atrações na cidade: Vigelandsparken (acima do Royal Palace, entrada pela rua Kirkevein). Caso não queira ir caminhando, pegue o ônibus 20 ou os trens 12 ou 15. É o parque das esculturas, com mais de 200 obras de Gustav Vigeland, representando os estágios da vida humana. Aberto 24h. Entrada franca. Munch Museet (Toyengata 53). Pegue o ônibus 20 ou o metrô, descendo na estação Toyen. Exibe obras do pintor norueguês Edvard Munch. Entrada a 75/40 kr ou 9/5 euros (estudante). Aberto (jun/ago), segunda e domingo, das 10h às 18h; (set/mai), de terça a sexta, das 10h às 16h, e sábado e domingo, das 11h às 17h. Entrada gratuita de outubro a março.
À beira de uma imensa baía e na entrada do porto principal da cidade, está a fortaleza de Akershus (Akershus Festning, em norueguês). Construído em 1299, sob as ordens do rei Haakon V da Noruega, o castelo foi transformado em fortaleza em 1592 e em palácio renascentista em 1637 (aqui sob o reinado do rei Cristiano IV). Destaque para a capela, a sala de banquetes e as passagens subterrâneas, com o mausoléu dos monarcas. Em volta dele está o forte, de onde pode-se ver a troca de guarda (às 13h30). Entrada no castelo a 64/45 kr ou 8/5,50 euros (estudante). No forte, o acesso é gratuito. Abrem diariamente, mas de setembro a abril, somente nas quintas, das 12h às 14h.
Ainda na área da fortaleza, encontra-se o imperdível Norges Hjemmefrontmuseet (Museu da Resistência Norueguesa). Fundação independente da fortaleza, foi inaugurado em 1970 e surgiu da iniciativa de pessoas que participaram da resistência contra os ocupantes alemães. Relata, por meio de fotos, documentos, objetos e maquetes, e em ordem cronológica dos fatos, os anos de ocupação nazista no país e os combates em terra norueguesa. O museu é grande e é preciso tempo para percorrê-lo com calma. Foi fundado Sem dúvida, merece a visista. Aberto de segunda a sexta, 10h-16h (17h no verão). Entrada a 30/15 kr ou 3,60/1,60 euros. (estudante)
Na península de Oslo, mais museus: Sjofartsmuseum (Museu Marítimo); Kon-Tiki Museet; Frammuseet (onde está o navio Fram, e quem foi feita a primeira viagem ao Pólo Sul, em 1911); Norsk Folkemuseum (museu ao ar livre, fundado em 1894, que simula 153 construções típicas da Noruega – dos séculos XVII e XVIII –, cuidadosamente trazidas do local de origem e remontadas); e Vikingskipshuset. Todos próximos um do outro, porém, distantes do centro. Acesso com o ônibus 30.
Não tivemos tempo para visitar todos. Optamos, primeiramente, pelo Kon-Tiki Museet. Apresenta a história das expedições, além dos barcos e artefatos usados pelo pesquisador e navegador Thor Heyerdahl. Curiosos são o barco feito de papiro RA II (com técnicas pré-incaicas), utilizado para cruzar o Atlântico em 1970; e a balsa Kon-Tiki que foi do Peru para a Polinésia em 1947, percorrendo quase 7 mil quilômetros e comprovando a teoria de que o povo maia teria colonizado a Polinésia. Assista ao vídeo sobre as escavações realizadas e a reprodução de uma caverna da Ilha da Páscoa. Aberto diariamente, das 9h30/10h30 (depende da estação) até às 16h/17h (conforme a estação). Entrada a 60/40 kr ou 7/4,80 euros(estudante).
Depois, entramos no Vikingskipshuset (museu de embarcações vikings). Três delas foram encontradas (bem conservadas) em escavações no Oslofjord, entre 1868 e 1904 e lá estão. Os barcos são Oseberg, Gokstad e Tune, este último tendo servido para enterrar uma rainha juntamente com sua escrava no ano de 850 a.C. Os barcos teriam sido construídos no século IX. Também há diversos utensílios, vestimentas e adornos vikings. Vale a visita. Entrada a 50/35 kr ou 6/4 euros (estudante).
No caminho para a península de Oslo, em uma esquina de frente para o porto, está o Nobel Peace Center, local de entrega do Prêmio Nobel da Paz.
Para quem prefere o Sightseeing: 4 horas de tour guiado em ônibus pelo centro de Oslo, Vigelandsparken (parque das esculturas) e alguns museus. Preço: 380 kr ou 46 euros. Ou um tour de 7 horas, incluindo duas refeições e mais museus a 750 kr ou 90 euros. Reserva: sales@boatsightseeing.com ou www.boatsightseeing.com.
A empresa Fjord Cruises oferece passeios de barco pelos fiordes (grandes entradas do mar em volta de altas montanhas rochosas) noruegueses, a 390 kr ou 47 euros, incluindo o almoço. Há, ainda, um mini cruise, de 50 minutos, passando pela fortaleza Akershus, pela Ópera e por pequenas ilhas nos arredores dos fiordes de Oslo. Sai por 130 kr ou 16 euros.
A cidade nos pareceu um pouco cinza, chove muito e tudo fecha cedo: cafés, bares, lojas. Não há muito entretenimento.
No país, como em toda a Escandinávia, os fiordes são um dos elementos geológicos mais emblemáticos da paisagem, e têm origem na erosão das montanhas devido ao gelo.
Em 26 de outubro, pegamos um trem (usando nosso Eurail Pass) para Copenhague (Dinamarca).