Estocolmo - Suécia
terça-feira, 20 de outubro de 2009
É considerada a mais bela capital escandinava. Localizada num arquipélago, com 14 ilhas, esbanja charme e estilo. Os canais, os monumentos, as ruas estreitas e medievais, são um convite para conhecê-la e, com certeza, enchem de orgulho seus 760 mil habitantes. Detém o melhor padrão de vida de toda a Europa.
Chegamos por volta das 10h da manhã (dia 20 de outubro), no terminal da Silja Line. Em frente, ônibus partem para o centro. A passagem custa 17 Kr (17 kronas – coroa sueca) ou 1,64 euros.
Não encontramos uma casa de câmbio. Então, tivemos que sacar dinheiro (moeda local) no caixa eletrônico.
Na Stockholm Central (Estação Central de Trem), há o Forex Bank (casa de câmbio local). Há outros também distribuídos na cidade. Cobra uma taxa fixa de 3%; é a menor taxa.
Descemos exatamente em frente à estação. Pedimos ao motorista que nos avisasse. Ali, há inúmeros hotéis; alguns caros demais para os nossos bolsos. Passamos no City Backpackers (Upplandsgatan 2A), mas estava lotado. A diária para 2 pessoas é de 750 kr ou 72 euros. Subimos mais uma quadra acima e encontramos o Hotell Bema (hotell.bema@stockholm.mail.telia.com), com uma diária de 1000 kr ou 96 euros. O jeito foi pagar mais caro. Atendimento bom, quartos excelentes e bom café da manhã, servido no quarto (basta agendar o horário). Para chegar a esses hotéis, é preciso andar algumas quadras à esquerda, saindo da estação.
Próximo ao hotel, há um mercado Pressbyrån (há vários pela cidade e nas estações de metrô), excelente para fazer compras. Geralmente, há internet também. Basta pagar no caixa, que dá a você uma senha para acessar o computador. O tempo mínimo é de uma hora, porém você pode conectar-se várias vezes, com esta senha, até completar todo o tempo. Outro mercado bem comum em toda a Europa é o 7-Eleven. É pequeno, não tão barato como um grande supermercado, mas vende frutas, pães, biscoitos, lanches, frios, água, sucos, café, cappuccino.
A cidade tem 3 linhas de metrô (chamado de “Tunnelbana”, indicado pela letra “T”) que se diferenciam em 3 cores: vermelho, azul e verde, além de muitas linhas de ônibus. Todas as linhas de metrô ligam-se à estação central.
O sistema de transporte é integrado: um tíquete de 17 kr (válido por 1 hora) vale para todos os meios. Há o SL Tourist Card, que permite fazer viagens ilimitadas e custa 100/200 kr (10/20 euros) para 24/72h; e o Stockholm Card, que garante o uso de transporte público e a entrada em 75 museus por 330/460/580 kr (32/45/56 euros) para 24/48/72h. Lembrando que a cidade é toda entrecortada, principalmente o centro antigo ou histórico, o que obriga os turistas a caminharem para conhecerem melhor suas atrações.
Estocolmo é formada por diversas ilhas: Gamla Stan (centro histórico), a área central e mais visitada; Skeppsholmen e Djurgården, essas duas com interessantes museus; Södermalm e Långhohlmen, áreas menos turísticas.
As principais ruas e lojas para compras estão nas proximidades da Drottninggatan, Kungsgatan e Hamngatan. Rua em sueco é “gata”.
A localização do nosso hotel é excelente. Até Gamla Stan são uns 15 minutos caminhando. É uma ilha bem no meio da cidade e seu nome significa “centro antigo”. Suas ruazinhas estreitas e medievais, assim como a arquitetura de seus prédios, estão bastante preservadas.
O Kungliga Slottet (Palácio Real), construído no século XVIII, é um dos destaques nesta área. Residência oficial do rei da Suécia. A capela do palácio é o local onde é realizada a coroação dos reis. A entrada ao local permite a visita aos State Apartments (aposentos do rei), ao Treasury (Tesouro) e às Antiquities (Antiguidades). No portão de entrada, estátuas de anjos e uma coroa dourada. Fica de frente para o rio. Aberto no verão, diariamente, 10h-17h; no inverno, de terça a domingo, 12h-15h. Fechado em janeiro. Ingresso a 90 kr ou 9 euros.
Ao lado está a Storkyrkan (Catedral de Estocolmo), onde o príncipe Carl XVI Gustaf casou-se com a filha de brasileira Silvia Sommerlath, em 1976, hoje rainha da Suécia. Destacam-se a estátua de São Jorge e o dragão, do século XV.
Bem perto da Catedral, está o Lady Hamilton Hotel (info@ladyhamiltonhotel.se). As diárias são mais caras, variam de 2.100 a 3.000 kr (202 a 289 euros). Está muito bem localizado, dentro do centro histórico. Uma das recepcionistas é uma brasileira.
Há alguns passos abaixo, chega-se à Praça Stortorget, com um charmoso calçadão e prédios coloridos, datados dos séculos XVII e XVIII. Ali também está o Museu Nobel (o Prêmio Nobel foi instituído por Alfred Nobel, químico e industrial sueco, inventor da dinamite, em seu testamento).
Todo o centro histórico tem inúmeras ruelas, com dezenas e dezenas de lojas, cafés e restaurantes. Uma tradicional rua é a Prästgatan.
Entre a área onde fica a Estação Central e a Gamla Stan, fica o Sveriges Riksdag (Parlamento Legislativo), junto ao canal. Mais precisamente, na Ilha de Helgeandsholmen, no centro de Estocolmo.
Do lado oposto, estão a Ópera e a Jakobs Kyrka (Igreja de Jacó), vista de longe devido à sua cor vermelha.
Na ilha Riddarholmen, também junto à Gamla Stan, fica a Riddarholm Church (Igreja de Riddarholm). Erguida no século XIII, é onde estão os túmulos de alguns monarcas suecos.
Perto do metrô Slussen, caminhando à beira do canal e passando a ponte de quem vem do centro antigo, chega-se ao Katarinahissen – um elevador que leva você ao topo, onde há um restaurante e uma bela vista da cidade. A subida também pode ser feita a pé, são poucos degraus. A escadaria fica em uma rua atrás de uma loja do Mac Donald’s.
Algumas quadras abaixo da Estação Central, à direita, encontra-se a Stadshuset (Prefeitura ou City Hall). O prédio, construído entre 1911-1923, é belíssimo e fica junto a um dos canais. O cenário é ótimo para tirar fotos. Destaque para o Blue Room, salão onde são entregues os Prêmios Nobel todo ano, no dia 10 de dezembro. Há uma torre, que pode ser acessada de junho a agosto, das 10h às 16h; e em setembro, das 9h às 17h. Entrada a 20 kr ou 2 euros.
Junto ao canal, entre as ilhas Blasie-holmen e Skeppsholmen, passamos pelo The National Museum (Museu Nacional). É o maior museu de arte da Suécia (impossível não vê-lo, fica de frente para o canal), contendo pinturas e esculturas suecas, holandesas, francesas de grandes mestres, que englobam um período compreendido entre a Idade Média e o século XXI. Aberto diariamente (menos segunda-feira), das 11h às 17h (até 20h nas terças e quintas). Entrada a 100/80 kr ou 10/8 euros (estudante).
Seguindo caminho, atravessando a ponte (ou se estiver vindo de mais longe, pegue o ônibus 65), está a pequena ilha Skeppsholmen. Lá, destacam-se: Skeppsholm Church (Igreja de Skepphsholm), de 1842; Moderna Museet, expondo obras suecas e internacionais do século 20, incluindo Matisse, Picasso, Paul Klee, Pollock, Roy Liechtenstein e mais esculturas, além de arte dos gibis, fotos, vídeos e filmes clássicos. É comum turmas de estudantes visitarem o local. Anexo está o Arkitekturmuseet (Museu de Arquitetura). No primeiro, a entrada custa 80/60 kr ou 8/6 euros; e no segundo, 50 kr ou 5 euros.
Na outra ilha, a Djurgarden, há museus mais interessantes. Vale a pena visitar o Vasamuseet e o Nordiska Museet. Ficam um ao lado do outro. Para chegar à ilha, que fica um pouco mais distante (se houver disposição, pode ser a pé), há os ônibus 44 e 47. Estão localizados logo após a ponte, na entrada da ilha, respectivamente, nas ruas Galärvarvsvägen 14 e Djurgardsvagen 6-16.
O Vasamuseet é um dos museus mais interessantes da Suécia. Vasa é um navio sueco com uma trágica história: afundou em sua viagem inaugural, em 1628, logo depois que partiu. Passados 333 anos (em 1961), foi encontrado, resgatado e restaurado no fundo do mar (o museu exibe um filme com as imagens da operação). A estrutura do navio, toda de madeira e repleta de adornos, pode ser observada dos seis andares do museu. Objetos, desenhos e maquetes tentam retratar como era o mundo naquela época, como era a vida a bordo, como o veleiro era manobrado e a história das pessoas que morreram no naufrágio (há alguns esqueletos que foram achados e algumas estátuas de cera que reproduzem o rosto dos tripulantes). É a única embarcação do século XVII com tal grau de preservação. É aconselhável assistir ao filme de 20 minutos (exibido em diversas línguas) sobre o resgate antes de percorrer o museu. Com certeza, vale a visita. Aberto das 8h30 às 18h (jun/ago); das 10h às 17h (restante do ano); nas quartas, aberto até às 20h. Entrada a 100/50 kr ou 10/5 euros (estudante).
Exatamente ao lado, está o Nordiska Museet. Reproduz a história e a cultura sueca de 1520 até os dias de hoje: vestimentas, utensílios domésticos (a coleção de louças é impressionante) , decoração, comidas típicas. O prédio é de 1907 e tem 3 andares, exibindo ainda mostras sobre a história da moda, uma coleção de casinhas de bonecas, móveis e exposições temporárias. Fica aberto de segunda a sexta, das 10h às 16h (quartas, até às 20h); sábado e domingo (das 11h às 17h). Ingresso a 60 kr ou 6 euros. Entrada gratuita, nas quartas-feiras, a partir das 16h. Fomos nesse dia, assim que saímos do Vasamuseet.
Ainda na ilha Djurgarden, do lado oposto aos museus citados acima, encontramos o Biologiska Museet (Museu de Biologia) e o Skansen – museu a céu aberto, inaugurado em 1891, com pessoas em seus trajes típicos, casinhas da época e animais comuns na Suécia. Ao todo, são 150 construções tradicionais, incluindo igreja e fazenda. Aberto diariamente, 10h-20h (mai/jun); até 22h (jul/ago); até 17h (set); até 16h (out); e até às 15h (restante do ano). Entrada entre 65-110 kr ou 6,50 ou 11 euros, dependendo da época do ano.
Todas as ilhas são acessadas por ônibus, barco ou a pé.
Nos arredores, há a cidade dos vikings, Birka, a 2h de ferry de Estocolmo, por 270 kr ou 27 euros. Um dos pontos de partida fica próximo à prefeitura ou City Hall (Stadshuset). O translado inclui guia e citytour. Birka foi um importante porto, fundada no século IX e abandonada no século X por razões desconhecidas. No local, um museu retrata a culinária viking. Atenção: os passeios não saem no inverno.
Junto aos canais da cidade, saem passeios de barco pela costa de Estocolmo. O tour dura 1 hora e custa 80 kr ou 8 euros. De segunda a sexta, nos seguintes horários: 7h, 8h, 15h30, 16h30 e 17h50.
Ficamos dois dias em Estocolmo. No dia 22 de outubro, partimos de trem para Oslo, capital da Noruega. Saímos às 8h29 e chegamos às 14h36, ou seja, 6 horas de viagem. Naquele momento, apenas passamos por Oslo. Nosso destino inicial na Noruega era Bergen.