Rennes (Mont Saint-Michel) - França

sábado, 31 de outubro de 2009


Rennes recebe muitos turistas devido à proximidade do Mont Saint-Michel ou Abadia Saint-Michel (60 km), o segundo ponto turístico mais visitado da França, perdendo apenas para a Torre Eifel.

Já saindo da estação de trem (chegamos às 22h20, do dia 31/10, vindo de Paris), você vários hotéis. Nós ficamos em um mais afastado, Hôtel Mercure Place de Bretagne (rue Lanjuinais). Fizemos a reserva de Paris, na estação, ao reservamos nossos lugares no trem. É comum os atendentes nos guichês já oferecerem hotéis nas cidades próximas. Aceitamos porque ele nos garantiu que o hotel ficava perto da estação. Infelizmente, tivemos que caminhar muitas quadras até chegar nele. Pagamos pela diária 62 euros, mais uma taxa de turismo de 1,70 euros (cobrada na saída), sem café da manhã. Há outro Mercure, mais próximo, na Rue du Capitaine Maignan, depois da Biblioteca Central, que é um prédio moderno bastante impressionante.

No dia seguinte (1º/11), pegamos um táxi para o Mont St-Michel (o taxista estava na estação de trem, ao lado da estação de ônibus). Era um domingo e o primeiro ônibus só sairia às 11h30. Não poderíamos esperar, já que tínhamos que ir e voltar no mesmo dia. Pagamos 50 euros pela viagem. Em 45 minutos, estávamos lá. De segunda a sábado, o ônibus sai de Rennes às 9h30. Nos demais dias, às 11h30, 12h45 e 16h40. A viagem leva 1h20 e custa 12 euros.

Pode-se ficar também na cidade de Portonson, a apenas 12 km de St. Michel. Há ônibus frequentes para lá. No nosso caso, ficamos em Paris porque não há trens até Pontorson, somente ônibus que fazem o percurso em 3h30.


Em Portonson, os hotéis são mais baratos que em St. Michel. Há o Coordonnées Auberge (21, rue du Genéral Patton), a 11/12 euros por pessoa (sócio/não sócio); o Best Western Hôtel Montgomery (13, Rue Couesnon); e o Logis Ariane (50, Bd Clémenceau). Reserva: www.booking.com.

O que a torna tão especial, diferente de qualquer outro lugar, completamente fascinante, além de ter sido construída no século X na parte mais alta de uma cidadela medieval (numa rocha de puro granito de 84 m de altura), é a sua localidade, de importância não apenas religiosa ou arquitetônica como também estratégica. Conta-se que no século XII, durante a Guerra dos 100 anos, entre França e Inglaterra, 119 cavaleiros franceses se instalaram ali e não permitiram que os ingleses tomassem o monte. Acontecimento que contribuiu para tornar o Mont St. Michel um dos mais fortes símbolos da história e identidade francesas.

O local é uma ilhota (800 m de diâmetro) cercada de areia movediça; uma espécie de monumento-ilha, cuja visitação depende da boa vontade das marés, consideradas as mais rápidas do mundo. Conforme a época do ano e as fases da lua, a cidadela e sua abadia medieval podem situar-se no meio de um areal sem fim, a 10 km de distância do mar, ou, completamente envolvidas pelas águas, virando uma ilha, ligada ao continente somente por uma estradinha que impede o total isolamento durante as marés cheias.


Hoje, há inúmeros hotéis e restaurantes ao seu redor. O Hotel La Mère Poulard (também restaurante) é um deles, bem na entrada da cidade. Reserva: www.merepoulard.com ou hotel@merepoulard.com. Não sabemos o valor da diária. Paramos lá somente para deixar nossas bagagens na recepção, enquanto entrávamos na abadia. Importante: se estiver hospedado em Rennes ou em Portonson, de preferência, deixe sua bagagem no hotel, pois em St. Michel não há lockers. A única maneira é entrar em algum hotel com “cara de pau” e perguntar se há um lugar para guardar as malas. Nós viemos com nossas malas, pois dali já seguiríamos para outra cidade, Tours. Outra opção de hospedagem é o Hotel Du Guesclin. Foi onde almoçamos. Na maioria dos hotéis, há restaurante. Foi o mais barato que encontramos, 11,50 euros por prato (salada como entrada e spaghetti ao molho branco como prato principal). Geralmente, os pratos custam de 28 euros para cima.

Aos domingos, a entrada na abadia é gratuita. Há 4 museus pequenos no local, com entrada combinada a 18 euros, ou 8 euros para cada um. Optamos apenas pelo Museu Histórico. Todavia, não vale a pena. A abadia e a visão que se tem lá de cima são suficientes na visita. No centro de informações, também guichê, você ganha um mapinha da abadia.

Para subir e descer é o mesmo caminho.

As razões que levaram à sua construção numa posição de tão difícil acesso não são bem conhecidas, tendo sido provavelmente uma mistura de motivos religiosos, políticos e militares, com maior ou menor predominância de alguns sobre outros, de acordo com a época. Iniciando no ano 709, quando surgiu a primeira igrejinha sobre o rochedo, obras diversas foram contribuindo para que, ao longo dos séculos, o local assumisse a forma que possui em nossos dias.


O nome – Mont St. Michel – foi escolhido porque naquele ano o arcanjo São Miguel teria feito uma aparição para o bispo da cidade de Avranches, determinando que fosse construída, no topo daquele rochedo isolado à beira-mar, uma capela para honrar o Senhor. A tarefa difícil seria uma prova de fé e representaria, também, uma proteção espiritual para todos.


A tarefa foi cumprida, a capela foi erguida, e no topo da mesma foi colocada uma imagem do arcanjo São Miguel. O mosteiro passou então a abrigar religiosos, sendo que com o tempo nas encostas do morro surgiram outras construções, residências e estabelecimentos comerciais. Posteriormente foram erguidas muralhas e torres fortificadas, destinadas a manter afastados invasores, em especial os ingleses.


No alto da torre da abadia do Mont St. Michel, na pontinha da agulha, há uma escultura de São Miguel, em metal dourado, situada 170 m acima do nível do solo.

Ao atravessar o portão de acesso na parte interior das muralhas os visitantes seguem por uma simpática e estreita ruela medieval, com algumas escadas, repleta de lojinhas oferecendo tudo o que se possa imaginar sobre a atração turística, com a imagem gravada ou com o formato do monte. São pratinhos, porcelanas, chaveiros, ímãs, guardanapos, calendários, camisetas, pôsteres, postais, vinhos, biscoitos, doces, chocolates, publicações, DVD’s.



Depois de atravessar uns 200 m de comércio, começa a subida ao monte. Neste percurso estão alguns hotéis (sempre lotados), creperias e restaurantes. Mais adiante, atravessando uma imponente porta de madeira, chega-se à área religiosa do monte, onde uma escadaria conduz até a plataforma superior que dá acesso à basílica.


A abadia é imensa, percorrem-se salões, arcadas, colunatas, câmaras escuras, rampas, jardins internos, o refeitório dos monges e outros ambientes, todos em pedra, que nos fazem regressar no tempo.

Os trechos fortificados de Mont St Michel são igualmente impressionantes. Destacam-se as grandes torres (Tour Claudine, Tour du Nord, Tour de la Liberté, Tour de l’Arcade, Tour du Roi e Tour Boucle), que margeiam as muralhas da cidadela e o trajeto de ronda, contornando a cidadela e oferecendo visuais magníficos. Prepare-se para o frio e o vento no alto. Infelizmente, chovia muito no dia, o que nos impediu de tirar aquela foto de cartão-postal.


Um dos locais mais belos da abadia é seu claustro, situado num dos planos mais elevados, acessado logo após um pátio interno, na saída da abadia. Para percorrer os ambientes internos, duas horas bastam.


Às 14h30, já tendo descido as escadarias e almoçado, pegamos o ônibus para Rennes, que sai da porta de entrada do monte. De St. Michel para Rennes, os horários de ônibus são os seguintes: 9h30, 11h10, 14h30, 16h10 e 17h25, diariamente. De qualquer forma, é sempre bom checar antes (os horários podem mudar conforme a época) e obter o “timetable” na estação de Rennes, antes de seguir para a abadia.

De Rennes, seguimos para Tours, cidade no Vale do Loire, onde estão os mais lindos castelos da França. Era o dia 1º de novembro. Saímos às 17h10 e chegamos às 20h24. Há baldeação na estação de trem Le Mans.

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Paris - França

sexta-feira, 30 de outubro de 2009


Chegamos tarde em Paris, vindo de Bruges (Bélgica). Da Gare du Nord (estação), fomos direto para o Hotel Ibis (rue Lafayette), a poucas quadras da estação, saindo à esquerda. Passando o viaduto, já se avista o hotel. Em Paris, é sempre aconselhável fazer a reserva antes. Diária, sem café da manhã, a 89 euros. Pelo café, paga-se 9 euros.


Em 2008, estivemos por lá. A cidade é maravilhosa. Desta vez, ficamos apenas um dia. Começamos pela Basilique de St. Denis. De arquitetura gótica, foi construída sobre a sepultura de Saint Denis, martirizado pelos romanos nos século III, tendo sido um lugar de peregrinação. Pegamos um metrô até a estação St. Denis e, depois, um trem até a Basílica, descendo na estação de mesmo nome. É bonita e antiga, mas depois da Notre-Dame é difícil se impressionar.


Depois pegamos o metrô até a estação Porte Dauphine (pode-se descer também em Porte Maillot) para conhecer o Bois de Boulogne, o maior bosque de Paris, com quase 9 km². Dentro dele há vários parques, destacando-se o Bagatelle e sua vila do século XVIII, com um jardim e pequenos prédios ao estilo Belle-Époque (cultura cosmopolita iniciada na Europa no século XIX, inspirada no clima intelectual e artístico da época). No local, há até um café para admirar o local. Para chegar até o Bagatelle, além do metrô, tem que pegar um ônibus que passa de 30 em 30 minutos, na avenida que circunda o bosque (horários diferentes nos dias de semana e no final de semana).


O próximo local visitado foi o Quartier Latin (estação St. Michel), um dos bairros mais charmosos de Paris. São inúmeros cafés e livrarias, restaurantes e hotéis. O local foi cenário de históricas revoltas estudantis de 1968. Fica à margem esquerda do rio Sena, próximo à Catedral de Notre Dame. Uma dica de hospedagem no bairro é o Hôtel du Levant (18, rue de La Harpe). Diária para casal, com TV, frigobar, secador de cabelos e café da manhã, a 145 euros. Reserva: www.hoteldulevant.com ou hlevant@club-internet.fr


Nas proximidades, está a Universidade de Sorbonne (nome dado em homenagem ao fundador, Robert de Sorbon). Fomos até lá dar uma espiada. O prédio é imenso e ocupa todo um quarteirão.


Em frente, o Musée Cluny (Museu Nacional da Idade Média), instalado em dois edifícios históricos belíssimos: as Termas Galo-Romanas (séculos I-III d.C.) e a ala residencial dos monges de Cluny (século XV), chamada de Hôtel de Cluny. Sua coleção vem sendo reunida desde a formação do núcleo original de peças pertencentes ao colecionador Alexandre du Sommerard, que por algum tempo residiu no local. Desde sua fundação como museu em 1843 a coleção vem sendo ampliada, e hoje é capaz de formar um panorama abrangente de arte e história desde a Gália Romana até o século XVI.


Continuando nossa caminhada ao lado do rio Sena e visitamos o Conciergerie, com entrada principal na Boulevard du Palais. Metrô Cité, seguindo rumo à Notre-Dame. O prédio, construído no século XIV como palácio real para residência dos reis da França, logo foi adaptado para uma prisão, com auge durante o “Reinado do Terror” (1793094), quando milhares de prisioneiros aguardavam a decapitação na guilhotina, entre eles a rainha Marie-Antoniette, Robespierre e Danton (advogados e políticos franceses, com grande influência na Revolução Francesa). Manteve-se como presídio até 1914. Suas salas medievais constituem-se em: refeitório, capela do rei, sala dos guardas, corredor dos prisioneiros, a cela de Maria Antonieta e dos demais prisioneiros, sala de tortura, entre outros. Aberto diariamente, das 9h30 às 18h (9h-17h, out/mar). Entrada a 8,50/4,50 euros (menores de 25 anos).

Entre a Conciergerie e a Notre-Dame, está a Sainte-Chapelle. Obra de Luís IX de 1248, a capela é belíssima com seus 15 vitrais que retratam as passagens da Bíblia. Combinada com a entrada no Conciergerie, sai a 9 euros. Só para a Capela, paga-se 6,10/4,10 euros (menores de 25 anos).


Atrás do Conciergerie está o belo e imponente Palácio da Justiça, que abriga as principais instituições jurídicas francesas. Em seu pátio, estacionavam as carroças dos condenados à morte durante o Reinado do Terror. Durante a Revolução, o Palácio de Justiça foi sede do Tribunal Revolucionário de 06 de abril de 1793 até 31 de maio de 1795. O Tribunal Revolucionário foi uma corte que foi instituída em Paris pela Convenção Nacional durante a Revolução Francesa para o julgamento de políticos infratores, e se tornou um dos mais potentes motores do terror.


Seguimos adiante e fomos ao imperdível Musée D’Orsay (Metrô Solferino). Criado onde era uma antiga estação de trem, hoje é um dos melhores museus de arte da Europa, com um conjunto de belas artes do período de 1848 a 1914, distribuído em 3 níveis. As obras incluem pinturas, esculturas e artes decorativas. Há, ainda, exibição de artes gráficas e fotografias. Depois da bilheteria, na recepção, você pode obter o guia do museu em várias línguas, até em português. Entrada a 9,50/6,50 euros (menores de 30 anos e para todos após às 16h15; quintas, após às 20h). Grátis no primeiro domingo do mês.


Para finalizar o dia, fomos conhecer as famosas Galeries Lafayette (Boulevard Haussmann). Acesso pelo metrô Chaussée d’Antin La Fayette, cuja saída cai direto na galeria. Trata-se da loja de departamentos mais turística da França. São 14.000 m², distribuídos em 9 andares, sendo 3 só de roupas. Nos demais níveis, perfumes, bijouterias, acessórios, lingerie, sapatos, CD’, DVD’, livros, malas, souvenirs. Enfim, têm o melhor da moda, com mais de 260 marcas, do mais luxuoso ao mais barato e para todos os gostos. A história do empreendimento é incrível: em 1893 Théophile Bader e seu primo Alphonse Kahn abriram uma loja na esquina da rue La Fayette e da Chaussée d'Antin. Em 1896, a empresa havia crescido e compraram todo o prédio n° 1 da rue La Fayette. No ano de 1905 os prédios n° 38, 40 e 42 da Boulevard Haussmann e n° 15 da rue de la Chaussée d'Antin também foram adquiridos e incorporados à loja. E, assim, por diante. Mesmo que você não queira gastar, só a decoração e a estrutura do empreendimento já vale a visita.


Para circular na cidade compramos um tíquete de metrô, válido para o dia todo, por 8 euros. Também é importante lembrar de validar os tíquetes antes de começar a usá-los. Há máquinas espalhadas por todas as estações onde se pode fazer isso, o que vale para todos os países da Europa. Até nós, que estávamos como Eurail Pass (válido por 15 dias consecutivos), tínhamos que validá-lo para subir no trem ou metrô.


No dia 31 de outubro, às 20h05, partimos de trem para Rennes, uma das cidades próximas ao Mont St-Michel. Chegamos às 22h20. Atenção: para Rennes, é preciso pegar o trem na Estação Montparnasse. Nós estávamos hospedados próximos à Gare du Nord. Então, para evitar atrasos, saia com antecedência para que possa chegar à estação certa. E prepare-se para subir algumas escadas, já que as estações são grandes e, em alguns trechos, não há escadas rolantes.

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Gent - Bélgica


Impossível não visitá-la, já que se encontra somente a 20 minutos de Bruges.

Cidade universitária com 250 mil habitantes, dos quais 45 mil são estudantes (já percebemos isso ao chegar na estação), também é cercada por canais e possui traços medievais, apesar de bem menos expressivos que em Bruges.

Deixamos as bagagens nos lockers (4 euros pelas nossas 3 mochilas, em um locker grande, pagamento com cartão de crédito) da Estação de Trem St. Pieters. Até o centro, seriam uns 25-30 minutos caminhando. Como estávamos com pressa, pegamos um trem (do lado esquerdo da estação de trem). Pode ser os de número 1, 10 ou 11. O tíquete, válido por 1 hora (1,20 euros), deve ser comprado em uma máquina automática amarela, também à esquerda da estação. O bilhete de 24 horas custa 3 euros. Os trajetos são distinguidos por zonas percorridas. O que cobre a zona 1-2 serve para chegar aos principais pontos turísticos. Esta opção aparece na tela da máquina. Basta clicar.

Seu ponto de referência é a Torre do Relógio (Belfort), localizada em uma praça no centro da cidade, erigida no século XIV. Aberta de mar/nov, 10h-18h. Entrada a 3/2,50 euros (estudante).

Ao lado está a Prefeitura, construção do século XV, estilo gótico. Em seguida, surge a Sint-Niklaaskerk (Igreja de St. Nicolau) do mesmo período e estilo; e a Igreja de St. Jacob, em estilo romanesco.

A Sint-Baafskathedraal (St. Bavos Cathedral) é bela e combina os estilos romanesco e gótico. Seu púlpito é de 1741 e o órgão, de 1653. A cripta contém tumbas dos séculos XV e XVI. Outra atração no local são as pinturas de Jan Van Dyck (retratista flamengo que se tornou o principal pintor da corte real de Carlos I da Inglaterra). Aberta das 8h30 às 18h (no inverno, até às 17h; e domingos, abre às 13h). A visitação é gratuita.

Ao redor da catedral, estão as ruas de pedestres e do comércio em geral. O Centro de Informações Turísticas fica na 17 A, Botermarkt, ao lado da prefeitura, no porão da Belfry Tower.

Para fazer compras há o Mercado das Pulgas, na frente da Igreja St. Jacob (sex/dom, 7h-13h); o Mercado do Artesanato, no Groenten-markt (sáb/dom, 10h-18h); e o Mercado de Flores, na rua Kouter (diariamente, 7h-13h).

Fora da área central, está o Rabot, estrutura do século XV que protegia a entrada da cidade, no canal Lieve. E na Raboorstraat estão as Casas das Beatas de Santa Elizabeth, um estilo de convento típico da Bélgica, assim como o que há em Bruges.

Outra atração é o Het Gravensteen (The Castle of the Counts ou Castelo dos Condes). Tem esse nome porque foi habitação dos condes de Flandres. O belíssimo castelo medieval foi erguido em 1180 para fins militares. No local, há um museu com aparelhos de tortura e até uma guilhotina da época em que funcionava como prisão. Vale a visita também pela vista da cidade que se tem de lá. Situado na Sint-Veerleplein. Aberto das 9h às 17h (18h no verão). Acesso a 6/1,20 euros (menores de 25 anos).

Graslei é um dos canais da cidade, rodeado de casas construídas nos séculos XVII e XVIII, onde moravam os barqueiros e comerciantes. Entre as construções, há até um celeiro do século XII.

Pena que a cidade estivesse quase toda em obras (ruas e alguns monumentos), o que prejudicou um pouco nossas fotos.

No mesmo dia (30 de outubro), por volta das 17h, regressamos à estação e pegamos um trem para Bruxelas e, de lá, para Paris.

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Bruges - Bélgica

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Passamos rapidamente pela estação de trem (Gare Central) de Bruxelas, aliás, belíssima. Parece um aeroporto, imensa e muito limpa. Até ali, foram 3 horas de viagem vindo de Amsterdã. Para Bruges, mais 1 hora. Como saímos de Amsterdã às 16h30, chegamos em Bruges à noite.

A 97 km da capital Bruxelas, Bruges é a cidade mais linda da Bélgica. Seu pequeno centro, do século XIII, continua praticamente intacto, com construções originais. Suas ruas estreitas de arquitetura medieval estão entre as mais preservadas da Europa. As casinhas quase dentro dos canais completam o cenário romântico, que é bem propício aos casais. Prepare-se para esbarrar com turistas o tempo todo, afinal tanta beleza precisa ser apreciada.

As ruas Steenstraat e Dijver, paralelas uma a outra, são as que concentram a maior parte das atrações turísticas.

Bruges tem o formato circular, atravessada e circundada por diversos canais. Market Square (Praça Market) é o ponto de partida para uma caminhada pela cidade. É a praça central, onde destaca-se o Campanário Belfry (Belfry significa “torre do sino”) . Marco da cidade desde o século XII, é uma torre com um carrilhão de 47 sinos que tocam 27 sons diferentes. Faz parte do conjunto de 56 torres semelhantes existente na região dos Flandres (norte da França, Bélgica e parte da Holanda), tombado pela UNESCO como Patrimônio Histórico da Humanidade. Para subir os 366 degraus (são 83 m de altura) paga-se 5/4 euros (estudante). Abre diariamente, das 9h30 às 17h. Ainda no prédio do campanário, o Bruggemuseum (Museu da Cidade). Aberto das 9h30 às 17h. Ingresso a 8/6 euros (estudante).

Nesta praça, há inúmeros cafés, um mais charmoso que o outro. Prepare-se para gastar. Ali, tudo é caro, começando por um simples café expresso.

Logo em seguida, está a Praça Burg. Destaque para a Heilig Bloed Basílica (Basílica do Sangue Sagrado), famosa por ter um vaso de cristal contendo, supostamente, gotas coaguladas do sangue de Cristo, trazidas da Alsácia em 1150. O recipiente, no entanto, nunca foi aberto. Fica ao lado da Prefeitura e sua entrada é feita pela Steeghere, uma fachada de onde sobe uma bonita escada, porque a capela fica no segundo andar. Aberta abr/set, das 9h30 às 12h e das 14h às 18h; out/mar, das 10h às 12h e das 14h às 16h. Entrada gratuita. Não se paga para visitar a igreja e sim a relíquia que ela abriga.

Na mesma praça, ao lado da Basílica, está a Stadhuis (Town Hall ou Prefeitura). Erguido entre 1376 e 1420, está entre os prédios mais antigos da Bélgica. Expõe pinturas e mobília típica referentes à história da cidade. No primeiro andar, a sala gótica com esculturas da Baixa Idade Média. Infelizmente, é proibido fotografar. Aberta das 9h30 às 17h. Entrada a 2,50/1,50 euros (estudante).

Hospedamo-nos no Bauhaus International (135, Langestraat). Fica um pouco distante da estação. Melhor pegar um ônibus, ao lado da estação de trem, saindo à esquerda. Os de número 3 e 13 param na Markt. Dali, caminha-se algumas quadras para baixo, atravessando também a praça Burg. Diária para casal, incluindo café da manhã bem básico (servido no prédio ao lado, que é um restaurante do hotel), a 50 euros. O quarto, com banheiro privativo, é amplo e limpo. Ao lado do hotel, há o albergue, com preços mais baixos. O atendimento não é bom. Reserva: www.bauhaus.be. No caminho, há outro albergue e, também, alguns hotéis antes deste, como o Hotel Ter Reien (Langestraat 1, Centrum, 8000); e o Pand Hotel (Pandreitje 16, Centrum, 8000). Reserva: www.booking.com.

A cidade também oferece vários museus. O Groeninge Museum é o principal museu de belas artes de Bruges, com pinturas holandesas e belgas do século XV ao XX e arte flamenga do primitivo (estilo do norte da Bélgica, que no século XV era Holanda) ao contemporâneo. Abre das 9h30 às 17h. Entrada a 8/6 euros (estudante).

Próximo à Onze Lieve Vrouwekerk (Igreja de Nossa Senhora), que tem a sacada particular da família Gruuthuse, está o Gruuthuse Museum. A igreja é medieval, típica da região dos Flandres e possui a segunda maior torre de igreja da Bélgica, com 122 metros. De longe, é a torre mais alta da cidade, que pode ser vista de longe. O acesso à igreja é gratuito, porém paga-se para ver o museu, atrás do coro (1,50 euros). Ali é possível ver os túmulos dos primeiros reis da região (os Duques de Burgundy) e, principalmente, a Madonna de Michelangelo – a única peça do artista existente nos Flandres. Vale a pena.

O museu tem esculturas em madeira, tapeçarias, objetos de porcelana e cerâmica e armas. Era a casa de um mercador monopolista de trigo e cevada (matérias-primas para a indústria da cerveja) da região. Por ser monopolista de um artigo tão popular, foi grande o seu grau de riqueza e a importância na região à época. Por isso, sua casa foi transformada em museu e é um espetáculo, tanto pela arquitetura quanto pelo acervo cultural que ele reuniu. Além disso, é o museu arqueológico da cidade, desde 1898. A influência da família era tanta, que aproveitando que a casa era geminada com a igreja, construíram uma sacada particular para o interior da igreja; assim, assistiriam às missas sem precisar sair de casa.

Outros museus são: Bruges Brouwerij Mouterijmuseum (contém documentos e objetos que contam a história secular da produção de cerveja na cidade); e Museum voor Volkskunde (museu folclórico na parte nordeste de Bruges). Há, ainda, o Friet Museum (Museu da Batata Frita). Inaugurado em 2008, mostra a história da batata, desde a origem até a sua popularização em versão frita na Europa. Abre todos os dias, das 10h às 17h. Entrada a 6 euros. Fica na 33, Vlamingstraat. E, junto ao anterior, o Choco-Story – The Chocolate Museum, em um prédio do século XV, onde conta-se a história desta delícia. Em uma das salas, um belga ensina os truques para a preparação de um bom chocolate. Entrada a 6 euros, com direito a uma degustação básica.

A cervejaria Halve Maan, que funciona desde 1856, é também um restaurante e um museu da cerveja. O auge da cidade foi no ano de 1441, quando chegou a ter 54 cervejarias, porém com o passar do tempo e o surgimento do estilo Pilsen na República Tcheca, diversas cervejarias foram fechadas.

Em 1564 havia registros da existência da cervejaria “Die Maene” (A lua), na rua Walplein. Em 1856, Leon Maes, também conhecido como Henri I, torna-se dono da propriedade. A cervejaria produziu a famosa Brugse Straffe Hendrik e, em 1988, a marca e a receita foram vendidas a Liefmans, porém em 2008 Xavier conseguiu de volta os direitos da marca e voltou a produzi-la em Bruges. A cervejaria havia ficado fechada de 1980 a 2005; no local existiam diversos artefatos cervejeiros como copos, equipamentos, garrafas e ficou funcionando como museu até 2005. Durante dois anos Bruges não teve nenhuma cervejaria em funcionamento, até que em 2005, após seis gerações, Xavier Vanneste assumiu o controle dos negócios e lançou a cerveja Brugse Zot, hoje a única cervejaria em Bruges e ganhadora de vários prêmios internacionais.

Logo na entrada na fábrica já se vê o terraço. À direita, uma galeria de arte com diversos quadros da cidade e, subindo as escadas, chega-se ao pub principal onde estão as choperias.

A visita, que acontece de hora em hora, acontece na parte antiga da cervejaria, a 5,50 euros, com um chopp Brugse Zot incluído. Há demonstração dos antigos e tradicionais métodos e equipamentos para fabricação da cerveja, dos ingredientes, histórias e curiosidades. Situada na Walplein, 26. Para chegar a pé, logo após sair da estação de trem siga pela rua Oostmeers, virando na segunda à direita (Zonnekemmers) e, logo à frente, a Praça Walplein.

Já mais para o lado da estação encontra-se a Catedral de São Salvador, igreja protestante, em estilo neogótico, modificada pelas várias reformas ao longo dos séculos. Passou a ser a catedral em 1830, quando os franceses invadiram a cidade e demoliram a catedral de São Donato. Possui bonitas obras de arte e sua torre de 99 metros é imponente. A base da torre icônica foi a única seção que sobreviveu intacta da Idade Média; outras partes foram perdidas em incêndios e pela erosão dos tempos. A estrutura resultante tem uma seção antiga neogótica e uma torre nova, construída com design romanesco. O telhado pontiagudo que está no topo da torre foi adicionado sem o consentimento do arquiteto, porque a comissão real decidiu que, sem ela, a torre pareceria muito plana. As tapeçarias que cobrem as paredes da entrada são tesouros belgas feitos por Jasper vander Borcht no início do século XVIII. Os modelos das pinturas usados para as tapeçarias também se encontram na Catedral, assim como as esculturas e monumentos aos falecidos.

Mais próximo ainda da estação está a Begijnhof (Casas das Beatas), pequeno conjunto de casas, construído no século XIII em volta de um jardim/pátio onde há um poço e uma igreja, para acolher viúvas ou anciãos. Hoje é habitado por freiras da Ordem de San Benito. É permitido entrar no pátio. Visita gratuita.

Do lado oposto à maioria dos pontos turísticos, na verdade, saindo do nosso hotel e seguindo à esquerda pela rua Langestraat, avista-se um portal. À sua esquerda, vários moinhos de vento, à beira de outro canal. O local chama-se Sint Janshuis’ Mill. É bom passar lá depois das 10 horas, quando o tempo já se abriu mais para tirar belas fotos.

Outra atração é o Sant John’s Hospital: a construção não é mais um hospital, que foi desativado em 1978, depois de quase oito séculos de funcionamento ininterrupto (790 anos). Atualmente, o prédio abriga o Memling’s Museum (Museu do Hospital) e uma antiga farmácia. Uma visita enriquecedora e breve, bastante interessante para se entender o que era um hospital medieval.

Um mapa sempre ajuda, principalmente quando o turismo é feito a pé. Obtenha-o nas estações ou no seu hotel.

Muitos casais fazem passeios de barco pelos charmosíssimos canais de Bruges. São vários pontos espalhados pelos canais da cidade. Sai a 5 euros por 30 minutos.

Nos arredores de Bruges, há a cidadezinha medieval de Damme. O trajeto até lá é fácil. Saia pela porta de acesso Dampnort e siga pelo lado direito do canal. Você pode ir de bicicleta (1h-1h30). Na paisagem, canais, moinhos, casinhas típicas e muita área verde. O lugar é bem tranquilo. Estando cansado, pode voltar de barco (as bikes são permitidas). A bicicleta pode ser alugada no Eric Popelier (na Mariastraat 26), a 3,50 euros por 1h.

Após o almoço, no dia 30 de outubro, seguimos para Gent, outra cidade medieval na Bélgica, a apenas 20 minutos de Bruges.

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Marken e Volendam - Holanda

São consideradas as cidades mais típicas da Holanda. Chegamos em Amsterdã, capital da Holanda, no dia 29 de outubro, vindo de Copenhague (Dinamarca), depois de 13 horas e meia de viagem.

Deixamos nossas malas guardadas na estação e pegamos um ônibus (extremamente confortável e que aponta, por meio de um mapa no visor, cada parada por onde passa), quase em frente à estação de trem, para Volendam. A passagem custa 11 euros. Você pode comprar diretamente com o motorista ou nas máquinas automáticas da estação. O percurso é feito em 30 minutos. Tente ir com dinheiro trocado para facilitar. Eles não aceitam nota de 100 euros.

Volendam é pequena, com 20 mil habitantes, situada às margens do Ijsselmeer, o maior lago da Holanda. Na entrada da cidade, há um grande moinho de vento.

A cidade é linda, com casas charmosas de madeira colorida, do século XVII, e um movimentado porto, repleto de lojas de souvenirs, bares, cafés e restaurantes. Há, também, vários quiosques vendendo peixes fresquinhos. Na rua do porto, há muitos hotéis também.

Caminhar por suas ruas é uma terapia. Perto do porto, está a igreja local. Tem até uma prainha.


Marken está numa ilha que virou península, já que hoje é ligada ao continente (à cidade de Volendam) por um dique construído em 1957. Para ir até lá, pegamos um barco da Marken Express. A travessia dura 45 minutos e custa entre 6 e 7 euros (ida e volta). Os barcos saem de Volendam às 11h30, 12h45, 14h e 15h15 e retornam de Marken às 12h, 13h15, 14h30 e 16h30.

Na cidade, apenas os moradores podem circular de carro. A maior curiosidade em Marken é o fato de muitos de seus habitantes usarem trajes tradicionais e tamancos de madeira. Também são graciosas suas 130 casinhas de madeira verde e marrom, com jardins cuidadosamente ornamentados, e cercadas por ruelas estreitas e laguinhos com cisnes. Parece uma cidade de boneca.

Destacam-se sua
Igreja Protestante e o Museu de Marken
, que expõe roupas típicas da região.

Do dique até o farol e o quebra-gelo que protege a pequena vila no inverno são 9 quilômetros.

De volta a Volendam, pegamos o mesmo ônibus para Amsterdã, apenas do lado oposto no qual descemos, em uma pracinha central da cidade.

Nós tínhamos visitado Amsterdã em 2008, mas não tivemos tempo para conhecer estas lindas cidades. Por isso, voltamos. Valeu a pena.

Na capital holandesa, tiramos algumas fotos da cidade, perto da estação, e partimos, neste mesmo dia (29/10), novamente de trem, para
Bruges, na Bélgica. Tivemos que trocar de trem em Bruxelas. Cuidado: antes de descer do trem, atente para o nome da estação; em Bruxelas, são 3. Descemos em Brussel Zuid/Midi
. De Amsterdã para Bruxelas, há vários horários de trens.

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